A Câmara de Sesimbra diz que a empresa que utiliza o local o faz ilegalmente. Moradores queixam-se do mau cheiro e do perigo de repetição de incêndio.
TEXTO REDAÇÃO IMAGEM DR
Há um perigo real de graves problemas ambientais para a população que habita nos locais de Zambujal de Cima e Ribeiro do Cavalo, Sesimbra. O alerta foi dado pela Câmara Municipal e pela Junta de Freguesia do Castelo, que acusam uma empresa de exploração de resíduos inertes de estar a trabalhar, depositando materiais num aterro, mesmo tendo a licença revogada.
O presidente da autarquia de Sesimbra, Francisco Jesus, confirmou ao Semmais que a empresa Greenall Life, Lda, continua a fazer descargas no aterro do Ribeiro do Cavalo, mesmo depois de ter sido revogada há cerca de ano e meio a licença de laboração. “Já alertámos a Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, entidade responsável por este tipo de licenciamento, e estamos agora a dar conhecimento do que se passa à opinião pública, uma vez que apesar de não estar autorizada, a empresa continuar a utilizar o aterro, fazendo descargas vistas e fotografadas por diversos populares”, disse.
Francisco Jesus refere “o cheiro nauseabundo proveniente do local”, assim “como nuvens de fumo, que não sabemos de que materiais são provenientes, que poluem uma área localizada no Parque da Arrábida e que prejudicam uma das zonas mais procuradas pelos turistas”.
O autarca afirmou ainda que no início a empresa estaria apenas licenciada para trabalhar com inertes, nomeadamente lamas e materiais de construção civil. Mais tarde terá obtido autorização para laborar com outro tipo de substâncias não especificadas mas que, há mais de um ano, depois de um grande incêndio que terá eclodido a partir do aterro, viu revogada a autorização.
O Semmais tentou contactar telefonicamente com os responsáveis da Greenall Life, Lda, tarefa que não foi possível de concretizar.
