Nelson Brito, envio uma nova exposição detalhada, ao Ministro das Infraestruturas e da Habitação, a alertar para o estado de degradação em que se encontra a Estrada Nacional (EN2). Há seis anos que o autarca manifesta preocupação pelo estado em que encontra a via.
TEXTO REDAÇÃO IMAGEM DR
Em causa está a acentuada e pronunciada deterioração da EN2 que levou, já este ano, os serviços municipais de Proteção Civil a considerarem “muito urgente” uma intervenção neste troço, que não é da responsabilidade nem do domínio de competências da câmara, explica o município numa nota de imprensa enviada à nossa redação.
Segundo a Proteção Civil da Câmara Municipal de Aljustrel a via, “que apresenta buracos de grande dimensão, coloca em causa a segurança de quem nela circula, e tem causado vários acidentes rodoviários”.
No mesmo documento, a autarquia recorda que, “desde há seis anos, tem vindo a alertar e a manifestar publicamente, e por várias vezes, junto de diversas entidades, mais concretamente junto do Governo e da Infraestruturas de Portugal, a sua preocupação, o seu descontentamento e o total desacordo com o já conhecido inaceitável estado de degradação em que se encontra a EN2.
Ontem, dia 21 de janeiro, o presidente Nelson Brito, encaminhou uma nova exposição detalhada ao Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos. Neste inicio de ano, o também responsável máximo da Proteção Civil municipal, solicitou “à Guarda Nacional Republicana os dados de 2018, 2019 e 2020 referentes à sinistralidade rodoviária registada na via em causa, designadamente na zona de ação do Posto Territorial de Aljustrel e da zona de ação do Posto Territorial de Castro Verde, de modo a poder inteirar-se dos números e, desta forma, poder reforçar, com exatidão e rigor, a sua posição de defesa da população e do território que serve, e alertar, mais uma vez, as entidades responsáveis pela manutenção”.
Recorde-se que a artéria em causa é um dos principais eixos rodoviários que serve o concelho de Aljustrel, com proveniência em Ferreira do Alentejo e que faz a ligação a Castro Verde. É atravessada, diariamente, por dezenas de cidadãos, nomeadamente, para se deslocarem para os empregos e, entre outros, destaque para as atividades laborais nas Minas de Neves Corvo e Minas de Aljustrel que empregam centenas de pessoas.
A EN2, maioritariamente no troço entre Aljustrel e Castro Verde, é utilizada por veículos pesados de mercadorias associados às atividades industriais da região que têm contribuído também para a aceleração de desgaste do piso, verificando-se que as pequenas reparações efetuadas pela Infraestruturas de Portugal têm-se revelado ineficazes.
A estrada é ainda utilizada pelos cidadãos do concelho para aceder ao Serviço de Urgência, em Castro Verde, uma vez que, como a autarquia tem defendido, em Aljustrel este serviço foi extinto incompreensivelmente. E é também considerada uma importante rota turística, que contribui para a dinamização dos territórios que atravessa.
