A Câmara de Portalegre vai comprar à Fundação Robison, por 1,2 milhões de euros, um terreno com um hectare que permitirá construir um hotel. Haverá também um museu, salas de congressos e espaço para restauração. Só falta um último parecer do Tribunal de Contas.
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Falta apenas o parecer favorável do Tribunal de Contas para que a Câmara Municipal de Portalegre possa consumar a compra de um terreno da Fundação Robison e anexá-lo às instalações do Convento de São Francisco onde, ao abrigo do Programa Revive, deverá nascer uma unidade hoteleira de grandes dimensões.
Em conversa com o Semmais Digital, a presidente Adelaide Teixeira, disse que falta apenas responder ao pedido de esclarecimentos solicitado pelo Tribunal de Contas, para que o negócio avance em definitivo e se inicie a fase da negociação dos terrenos com as entidades que, no futuro, venham a explorar o empreendimento.
O pedido de esclarecimento do Tribunal de Contas é uma situação normal que ocorre sempre que uma aquisição é efetuada por um montante de algum vulto. Neste caso, o terreno em causa, contiguo ao Convento de São Francisco (que pertence ao Ministério da Defesa) tem cerca de um hectare e um custo estimado de 1,2 milhões de euros.
“O pagamento do terreno nem sequer será um obstáculo, uma vez que será feito em parcelas e já existem verbas cativas”, salientou Adelaide Teixeira. A autarca acrescentou ainda que o negócio já está apalavrado com o Turismo de Portugal e que também já foi aprovado favoravelmente pelo executivo da autarquia e pela Assembleia Municipal.
A aquisição do terreno da Robison (uma parcela de um hectare em cerca de oito) é fundamental para que o projeto do hotel seja viável. É que o espaço do Convento de São Francisco daria apenas para uma estrutura com cerca de 50 quartos mas, anexado o terreno da antiga fábrica, o projeto pode triplicar, atingindo os 150 quartos.
“Este é um projeto de grande importância para a cidade e que respeita todas as regras. Não esquecemos que a antiga fábrica Robison está classificada como arqueologia industrial. Como pretendemos manter a memória da cidade e de um dos seus símbolos, é obrigatório que a entidade que no futuro venha a explorar o local mantenha a memória e a história do edifício, pelo que será construído um espaço museológico que possa ser visitado. Mais do que um hotel, existirão salas para congressos, restaurantes e o museu”, adiantou ao Semmais Digital a autarca.