Em 2019, as transações atingiram um volume de 88,2 milhões de litros, correspondente a 117,4 milhões de garrafas, ou seja traduziram-se num aumento de 3,8% face a 2018.
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Em comunicado, a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) disse que a região “colocou no mercado um volume correspondente a 117,4 milhões de garrafas de vinho certificado DOC Alentejo e Regional Alentejano”, o que traduz “um aumento de 3,8% face a 2018”.
“O volume total foi de 88,2 milhões de litros, entre vinho tinto, branco e rosé”, acrescentou a instituição que certifica, controla e protege os vinhos com Denominação de Origem Controlada (DOC) Alentejo e Regional Alentejano.
Em declarações à Lusa, o presidente da CVRA, Francisco Mateus, destacou que o “crescimento das vendas no país é um dado positivo, resultante de uma produção mais alta em 2018”. “Nos três anos anteriores, tínhamos tido quebras de produção, mas, em 2018, recuperámos e os vinhos de 2018 acabaram por fazer com que o comércio em 2019 fosse mais alto”, explicou.
As vendas correspondentes a 117,4 milhões de garrafas, o que inclui “vinho engarrafado e vinho que vai também em ‘bag in the box’, são um número bastante bom no mercado nacional, no qual os vinhos do Alentejo já lideram a cota de mercado”, frisou.
“Isto dá quase 10 garrafas para cada português. É um bom número e mostra que a região está a crescer, está dinâmica e que os vinhos estão a ser bem aceites pelos consumidores, que é o mais importante de tudo”, atestou Francisco Mateus.
Segundo a CVRA, as vendas incluíram 70% de vinhos da colheita 2018, 21% da colheita 2017, 5% da colheita 2016 e 4% de colheitas anteriores, com os meses de fevereiro, abril e maio a terem maior atividade comercializadora, com quantidades médias de 12,5 milhões de garrafas por mês.
“É interessante percebermos que o Alentejo não produz uma vindima e vende o vinho dessa vindima”, afirmou o presidente da comissão vitivinícola, vincando que “a região tem stocks que também coloca no mercado”. “O que significa que os vinhos da região também têm capacidade para envelhecer, têm longevidade e essa longevidade está sempre associada a uma robustez do vinho e a um nível qualitativo mais elevado”, realçou.
As vendas de vinho branco (21% do total) e rosé (2%) em 2019 foram as mais elevadas dos últimos cinco anos, o que, para o responsável da CVRA, “é uma evidência de que o Alentejo está a afirmar-se nestas categorias e a conseguir cativar os consumidores”.
Ainda sem o balanço de 2019 fechado no que respeita às vendas em valor, o presidente da CVRA adiantou à Lusa, contudo, que os números “vão ser positivos e superiores aos de 2018”.
Na vindima de 2018 foram produzidos 107 milhões de litros de vinho, enquanto, na do ano passado, cujo valor final não está apurado, deve rondar “os 96 a 97 milhões de litros”, revelou. “São menos 10 milhões de litros disponíveis, para os produtores vai ter um impacto nas vendas este ano. Voltarão a ter de recorrer aos ‘stocks’ para manter o mesmo volume de vendas e, como a colheita de 2019 se apresenta com excelente qualidade, nomeadamente nos tintos, vai haver apetência para reservar uma parte para estagiar e colocar no mercado mais tarde”, disse Francisco Mateus.