O porto de Sines acredita que 2020 vai ficar marcado pela recuperação do ciclo de crescimento registado nos anos anteriores, avançando mesmo com uma possível subida de dois dígitos nos contentores.
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“O ano de 2020 vai ser muito importante para o porto de Sines, porque vamos retomar o ciclo de crescimento de anos anteriores e, mesmo na carga contentorizada, acredito que vamos ter um crescimento de dois dígitos”, assegurou o presidente da Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS), José Luís Cacho, ontem num encontro com a comunicação social.
Durante um encontro para fazer o balanço da atividade do porto que, em 2019, sofreu “um decréscimo de cerca de 12 por cento”, o mesmo responsável lembrou o facto de Sines ter sido o porto “que mais cresceu na Europa” nos últimos anos. “2019 foi um ano de ajustamento, porque Sines foi o porto que mais cresceu na Europa nos últimos cinco a seis anos, e, fruto de um problema estrutural relacionado com a descarbonização da economia, o porto no seu todo teve perdas significativas de movimento”, reconheceu José Luís Cacho.
Em 2019, a infraestrutura portuária “teve um decréscimo de cerca de 12% no seu todo”, assim como “um decréscimo significativo na carga contentorizada”, em grande parte, devido “a renegociação do contrato (com a PSA), à negociação salarial com os trabalhadores, a um pequeno derrame e a problemas operacionais do terminal” de contentores. “No entanto, continuamos a ser o porto mais importante na movimentação da carga contentorizada”, disse.
Para o administrador, a aposta do Governo “na descarbonização da economia teve igualmente efeitos na atividade, com perdas relacionadas com as cargas energéticas, que têm uma componente importante na sustentabilidade financeira” do porto.
No que respeita ao movimento, José Luís Cacho afirmou que o crescimento dos contentores “vai assegurar a sustentabilidade futura”, mas alertou para a importância de “atrair novas oportunidades de negócio, em alternativa ao carvão, para a viabilização do terminal de granéis sólidos”.
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