Como o tempo passa.
Ainda há uns dias andávamos preocupados com as prendas de Natal e a desejar um bom ano e a coisa foi esmorecendo com os “Reis”, mas se olharmos bem para o calendário notaremos que já só faltam precisamente onze meses para que estejamos novamente a comemorar a Festa da Família.
Já passou muito tempo desde que se começou a falar no que se previa ser o Orçamento do Estado e o certo é que o mesmo foi aprovado, na generalidade, pelo Parlamento e, com uma ou outra sugestão, acabará por ter a concordância da maioria dos deputados na chamada fase da especialidade, o que não impedirá de ser fortemente contestado por quem, no dia-a-dia tem de cumprir as suas obrigações sociais e profissionais, vendo que o que recebe continua a não lhe chegar para uma vida sem problemas de “tesouraria” e a não ter os serviços públicos que a Constituição lhe confere.
Com o novo ano, cujo primeiro duodécimo está prestes a findar, reanimaram-se as esperanças de que tudo passará a ser melhor e, como é evidente, procura-se que o que foi mau entre no esquecimento.
Contudo, nem sempre – ou quase nunca – as coisas são como desejamos e até como planeamos e pelo andar da carruagem, percebe-se que os rituais de quem tem família para sustentar e depende de terceiros, irão continuar sem poder dar aos seus melhor do que aquilo que recebeu dos progenitores.
Gostamos muito de exigir, mas os bons costumes levam-nos a apelar a quem foram dados poderes de decidir, que o faça de modo a que quem sempre está à ordem possa dar aos seus, quanto mais não seja, a esperança de que esta nova década faça esquecer o que de mau ficou para trás.
E que não nos esqueçamos de que o tempo passa depressa.
Jorge Santos
Jornalista