Casa Relvas cresce nas vendas e fatura 13 milhões em 2019

O produtor alentejano de vinhos vendeu, no ano passado, mais de seis milhões de garrafas e faturou 13 milhões de euros, o que traduz aumentos nas vendas em volume e em valor, face a 2018.

 

A empresa vitivinícola alentejana, cujo projeto nasceu na Herdade de São Miguel, concelho de Redondo, mas que a adega principal está agora situada na Herdade da Pimenta, em São Miguel de Machede, concelho de Évora, vendeu um pouco mais de seis milhões de garrafas de vinho no ano passado.

“Crescemos 5% em número de garrafas vendidas”, em comparação com 2018, revelou à Lusa Alexandre Relvas, indicando que, no que respeita à faturação de 13 milhões de euros em 2019, esse valor traduz “um aumento à volta de 7%”, face ao mesmo ano.

Segundo a Casa Relvas, o facto do crescimento em valor ter sido superior ao crescimento em volume está relacionado com o aumento do “preço médio por garrafa vendida”, não só devido à seca que tem afetado o Alentejo, nos últimos anos, mas também porque os vinhos da gama Premium da região “começam a ter mais aceitação e procura nos mercados externos”.

Para o ano em curso, a empresa, que exporta “70% da produção”, para um total de 30 países, quer continuar a prosseguir este caminho de “crescimento sustentado”. “Queremos continuar com um crescimento para este ano. Já não são crescimentos a dois dígitos, porque já se torna difícil em termos de volume, mas queremos continuar com um crescimento sustentado, não a pensar só em volume, mas a pensar também no aumento da faturação e na valorização dos produtos do Alentejo”, afirmou o responsável da empresa familiar

O “ciclo de investimento” iniciado em 2018, na adega em São Miguel de Machede, também ficou terminado em 2019, num valor total que “rondou os dois milhões de euros”, segundo Alexandre Relvas.

Os investimentos incluíram “a ampliação da central de enchimento, com mais uma linha de engarrafamento, um novo armazém para o produto acabado, a criação de uma nova sala de Enoturismo e a construção da Estação de Tratamento das Águas Residuais (ETAR)”, que permite tratar os esgotos locais e reaproveitar a água para a rega das vinhas”.

“Este ano, vamos investir no campo, com a plantação de mais 30 hectares de vinha, na zona de Vidigueira, com o objetivo de atingir os 250 hectares de vinha própria, adiantou.