Autarca de Évora diz que é “incompreensível” A6 não ter descontos nas portagens

Carlos Pinto de Sá considerou hoje “incompreensível” que a autoestrada A6 fique fora dos descontos nas portagens anunciados pelo Governo, esperando que seja “um lapso e que rapidamente seja corrigido”.

 

“É incompreensível que a A6 não tenha sido contemplada nos apoios ao chamado interior. Espero que tenha sido um lapso e que rapidamente seja corrigido”, afirmou o ao presidente da Câmara de Évora, em declarações aos jornalistas.

Pinto de Sá vincou que “o Alentejo é uma região com problemas graves e que a A6 atravessa o Alentejo para Espanha”. “Precisamos que a A6 seja uma via que ajude o desenvolvimento do Alentejo”, sublinhou.

O autarca disse que vai levar este assunto à câmara e à assembleia municipal e, posteriormente, fazer chegar ao Governo as preocupações e a exigência para que a A6 “seja incluída no conjunto de autoestradas com descontos nas portagens”.

“Já vamos estando habituados a que o Alentejo não seja olhado nestas questões”, referiu o presidente do município, dando como exemplo os apoios à cultura que “aumentaram em todas as regiões e no Alentejo diminuíram 8%”.

“Por pouco que este tipo de questões possam contribuir para o desenvolvimento, contribuem sempre alguma coisa e são um sinal da diferença entre quem está preocupado de facto com o Alentejo e quem não está”, acrescentou.

A autoestrada A6 liga a Marateca, concelho de Palmela (Setúbal), a Caia, no concelho de Elvas (Portalegre), junto à fronteira com Espanha.

A medida, segundo a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, “vai ser posta em prática no terceiro trimestre deste ano e reflete-se num desconto de quantidade para os veículos classe 1 e classe 2”. Ana Abrunhosa exemplificou que “do oitavo dia até ao 15.º dia haverá um desconto de 20% e, a partir do 16.º dia até ao final do mês, será um desconto de 40%”.

As sete autoestradas abrangidas pela medida são a A4, A24, A28, A25, A23, A13 e A22, antigas SCUT e estes descontos beneficiam os residentes ou os que se deslocam frequentemente às regiões, quer em termos de atividade económica ou turística.

Relativamente ao transporte de mercadorias, os descontos vão ser aumentados dos 30% para os 35% de dia e de 50% para 55% à noite. A ministra anunciou ainda um desconto para os transportes de passageiros, que até agora não existiam, e que passam a ser iguais às percentagens dos transportes de mercadorias.