Comércio do Baixo Alentejo arrisca não reabrir

Um número significativo do pequeno comércio do Baixo Alentejo poderá não voltar a abrir portas devido aos prejuízos acumulados durante a pandemia de Covid-19.

A preocupação foi comunicada à Lusa pelo presidente da Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral (AEBAL), Filipe Pombeiro.

“Já há muitas empresas com dificuldades, vai ser muito difícil aguentarem um, dois ou três meses”, afirmou o presidente da AEBAL. A mesma opinião é de resto artilhada pelo presidente da Associação do Comércio, Serviços e Turismo do Distrito de Beja (ACSTDB), João Rosa, que afiança mesmo que a maior parte do pequeno comércio não terá condições para reabrir.

João Rosa diz que muitos estabelecimentos estão a fazer esforços financeiros há vários anos e que têm vindo a perder clientes devido à concorrência das grandes superfícies comerciais.

No Baixo Alentejo a maioria do tecido empresarial, conforme consta de uma reportagem publicada no Público, é constituída por micro e pequenas empresas que têm agora fortes dificuldades em subsistir. “Toda a cadeia da economia está inflamada”, refere Filie Pombeiro, salientando as dificuldades dos comerciantes para pagarem as despesas fixas.