Almada tem cerca de um terço dos doentes do distrito de Setúbal

Em 13 concelhos contam-se agora 712 infetados, mais 29 que ontem. O pico da pandemia já terá sido ultrapassado, mas medidas preventivas não podem afrouxar.

Já são 712 as pessoas infetadas com Covid-19 em todo o distrito de Setúbal, segundo revela o relatório de situação diária da Direção Geral de Saúde (DGS), cruzado com os dados facultados pelas autarquias. Este número representa, tal como nos últimos dias, um pequeno aumento dos casos positivos detetados. A situação mais preocupante regista-se em Almada, que tem quase um terço de todos os casos positivos da região.

Ao fazer-se a análise detalhada do relatório diário da DGS constata-se que é no concelho de Almada que subsiste o número mais elevado de doentes. As autoridades oficiais dizem que são 231, mais 21 do que os que são referidos pela Câmara Municipal que, por sua vez, reconhece a existência de três mortos.

A prevalência da doença em Almada fica a dever-se, em boa parte, aos inúmeros casos detetados em lares de terceira idade, onde as autoridades sanitárias estão a ultimar os preparativos para ali realizarem, entre utentes e funcionários, os reclamados testes de despistagem.

O acréscimo de doentes no Seixal também parece agora menos pronunciado. As estatísticas referem 160 infetados, sendo este o segundo concelho com maior incidência no distrito. No Barreiro, por sua vez, foram contados 89 pacientes.

A Moita, com 61 casos, e Setúbal, com 59, integram um segundo grupo de concelhos onde a doença parece ter estabilizado. Segue-se o Montijo, com 44 doentes confirmados e, depois, Sesimbra, com 20, Palmela, com 16, e Alcochete, com 14.

Nos concelhos do Litoral Alentejano integrados no distrito de Setúbal, a DGS diz que há quatro casos em Alcácer do Sal, sete em Grândola e 14 em Santiago do Cacém. Estes valores nem sempre são coincidentes com os dados das respetivas autarquias. Grândola diz ter sete doentes, Santiago do Cacém reporta oito e Alcácer do Sal dois. Também a câmara de Sines diz ter um infetado.

No país foram contabilizados no dia de hoje 903 mortos (mais 23 do que na véspera). O número total de pessoas infetadas aumentou mais dois por cento, sendo agora de 23.864. A DGS diz também que há 1005 internados, dos quais 185 em unidades de cuidados intensivos.

Dos 903 mortos já contabilizados, 791 pertencem aos grupos etários que vão dos 70 aos 79 anos (182) e os restantes tinham 80 ou mais anos. Nestes dois grupos etários verificaram-se 418 mortes entre as mulheres e 373 entre os homens.

Por regiões é o Norte, tal como desde o início da pandemia, que maiores valores apresenta, com 14.386 infetados e 519 falecimentos. No Centro há 3232 doentes e 188 mortos. Já em Lisboa e Vale do Tejo os pacientes são 5531 e os óbitos 175. Os valores do Alentejo mantêm-se estáveis, com 187 casos positivos e apenas um morto. No Algarve os números revelam hoje a existência de 322 doentes e oito falecidos. Nos Açores contam-se 120 doentes e oito mortes. Na Madeira, por fim, há 86 casos positivos e nenhuma morte a assinalar.

Mesmo com os aumentos confirmados no distrito e no país, o Ministério da Saúde, através da ministra Marta Temido, entende que o pico da pandemia já foi atingido em março, entre os dias 23 e 25. No entanto, afirma, os perigos de contágio mantém-se muito elevados, sendo que cada pessoa infetada que não cumpra as ordens de confinamento pode, no mínimo, infetar uma outra.