Neste momento a Igreja apoia cerca de 16.500 pessoas mas, de acordo com D. José Ornelas, é preciso, muitas mais estão carenciadas.
O bispo de Setúbal, D. José Ornelas, fez um apelo aos fiéis católicos para que marquem presença na celebração da Eucaristia e, ao mesmo tempo, apelou a que todos sejam solidários na tentativa de ajudar as famílias que vivem “situações económicas dramáticas”.
“A Igreja de Setúbal, as paróquias e instituições a ela ligadas já apoiam mais de 5.800 famílias, num total superior a 16.500 pessoas. E o número não para de crescer. Peço muito encarecidamente que olheis com coração de misericórdia para as inúmeras famílias que passam por graves carências dos bens mais elementares”, escreveu D. José Ornelas na nota pastoral intitulada “Retoma das celebrações públicas nas igrejas”.
O bispo apela aos crentes para que que assumam o “dever de contribuir para a sustentação da própria paróquia”. Fundamenta o pedido com o facto de as despesas continuarem a existir mesmo quando não se realizam celebrações. Por outro lado, diz, é necessário continuar a ajudar as “inúmeras famílias com consequências económicas dramáticas” devido à pandemia da Covid-19.
Para tentar fazer face às dificuldades de muitos agregados familiares, a diocese vai lançar uma campanha de recolha de “géneros e fundos”. As paróquias e a Cáritas diocesana serão fundamentais para a obtenção de bons resultados nesta demanda, afirma ainda o mesmo responsável.
Pede o bispo que “para maior segurança das pessoas pertencentes a grupos de risco, estas não devem integrar os grupos de acolhimento”. “Em nenhum caso se pode permitir que a festa e o encontro dos irmãos se transformem em focos de perigo, doença ou morte. Mas também não queremos que o medo nos impeça de viver e de celebrar”, sublinha.
As orientações prestadas contam com “a responsabilidade e a boa vontade de cada um”, nos diversos momentos da celebração, diz o bispo, salientando ainda que as eucaristias terão agora menos gente a assistir mas que nunca deverão exceder as cinco por dia.
A celebração dos sacramentos do batismo, matrimónio, reconciliação e santa unção, bem como “primeiras comunhões ou promessas de escuteiros, no respeito pelas normas indicadas para cada caso” são práticas que serão retomadas.