A mais recente infraestrutura de rega do Alqueva, o bloco de Viana do Alenteja, já está em construção, num investimento de 11,9 milhões de euros, anunciou a empresa gestora do projeto.
“Já se encontra em obra a mais recente infraestrutura de rega de Alqueva. Trata-se do bloco de rega de Viana do Alentejo”, que vai “beneficiar uma área com cerca de 4.600 hectares”, indicou, em comunicado, a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA).
Contactada pela Lusa, fonte da empresa adiantou que a empreitada engloba um investimento de “11,9 milhões de euros” e que se prevê que esteja “concluída no verão do próximo ano”.
O projeto inclui a instalação de 36 quilómetros de condutas, dos quais 11 são adutores principais e 25 são de redes de rega, precisou a empresa gestora do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA).
“Este novo bloco de rega terá ainda cerca de dois quilómetros de redes viárias”, assim como “31 hidrantes que servem 91 bocas de rega”, acrescentou.
O bloco de rega de Viana do Alentejo está inserido no projeto de expansão do EFMA, enquadrado pelo Plano Nacional de Regadios.
O empreendimento do Alqueva “já equipa cerca de 120 mil hectares com infraestruturas de rega, tendo iniciado a segunda fase para instalação de mais cerca de 50 mil hectares”, com o objetivo de, “em 2023”, totalizar “uma área beneficiada de 170 mil hectares” de regadios.
Atualmente, de acordo com a EDIA, “estão em curso as empreitadas de rega dos blocos de Évora, Cuba/Odivelas e Viana do Alentejo, envolvendo mais de 10 mil novos hectares de regadio”.
O lançamento do concurso para a construção do bloco de rega de Viana do Alentejo foi publicado em Diário da República a 11 de janeiro do ano passado e assinalado numa sessão realizada naquela vila alentejana, nesse mesmo dia, com as presenças do primeiro-ministro António Costa e do então ministro da Agricultura Capoulas Santos.
Na altura, o presidente da EDIA, José Pedro Salema, explicou que os cerca de 4.600 hectares a abranger por este regadio localizam-se sobretudo em áreas de grande propriedade agrícola.
O presidente da Câmara de Viana do Alentejo, Bernardino Bengalinha Pinto, também nessa ocasião, congratulou-se pelo avanço deste “investimento estruturante, que irá beneficiar os agricultores, mas também, transversalmente, toda a economia local”.
O concelho, em termos agrícolas, é marcado atualmente pela “agricultura e pecuária extensivas”, porque não existia água, mas, quando o bloco de rega começar a funcionar, “os agricultores ficam mais tranquilos” e vai ser possível plantar novas culturas, assinalou o autarca.