Re(Confinamento) na AML. O que é a AML?

Como tenho repetidamente dito e escrito, o Governo tem corrido sempre atrás do prejuízo nesta crise pandémica. E não aprende. E devia, até porque da única vez que tomou uma medida dura, assertiva e difícil, foi bem aceite pela população e até subiu os seus níveis de popularidade – quando deu indicações para ser Declarado o Estado de Emergência.

Com essa medida o governo poupou milhares de vidas. E foi aplaudido. Da esquerda à direita. Do mais rico do País, ao sem-abrigo. E internacionalmente. Mas não aprendeu.

Mas o Governo não se pode comportar como o Bruno Lage, ou seja, não pode ficar “embriagado” com os elogios e depois reagir ferozmente perante as críticas. Porque ambas são válidas e se as pessoas, as mesmas, devem aplaudir o que é correcto, ganham uma legitimidade acrescida de criticarem o que acham mal. E não estão a ser ingratas. Não estão, tão pouco a serem injustas. Estão a exercer o seu direito de cidadania e a opinarem no sentido de o Governo melhorar posturas.

E se no início da pandemia, quando quase todos os Países já tinham fechado as fronteiras, Portugal continuava orgulhosa e estupidamente com as fronteiras certas, sobretudo com a Espanha, na altura o segundo maior foco mundial de Covid-19. Conseguem imaginar maior estupidez? Quantas vidas se terão perdido com essa inacção? Foi o Governo a correr atrás do prejuízo que repôs a normalidade.

Os lares? Todos avisávamos, mas parece que o governo só despertou para a situação calamitosa dos lares, depois de todos percebermos. Já foi tarde. Mas actuou. Se actuou, foi porque acabou por reconhecer razão a quem pedia essas medidas.

Agora, após o desconfinamento, estava “na cara” que a situação na zona da “Grande Lisboa” estava descontrolada. Quais as medidas que tomaram? Levaram quase um mês a tomarem as medidas que se impunham logo que a situação começou.

Para quem não sabe, informo que a Área Metropolitana de Lisboa (abreviada AML), localizada no centro-sul de Portugal, engloba 18 municípios divididos pelas duas margens do rio Tejo. É a área metropolitana mais populosa do país (NUTS III), com 3 112 678 habitantes em 2015,[1] e a segunda região mais populosa (NUTS II), a seguir à Região do Norte. Limita a norte com a Comunidade Intermunicipal do Oeste (Região Centro), a nordeste com a Lezíria do Tejo, a leste com o Alentejo Central e a Sul com o Alentejo Litoral, todas estas parte da Região Alentejana.

18 municípios – Alcochete Almada Amadora Barreiro Cascais Lisboa Loures Mafra Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra, Vila Franca de xira.

Tive o privilégio de ter sido Deputado da AML e uma coisa percebi – ninguém sabe, nem o que é, nem para o que serve, pelo que apelo aos seus actuais dirigentes, que aproveitem este momento para se darem a conhecer.

O Governo vai ter de tomar igualmente medidas noas aeroportos, mais tarde ou mais cedo, e quanto mais cedo, melhor, assim como tem de ver muito bem a situação caótica nos transportes – talvez o maior centro de contaminação actual.

Por mim, desejo-lhe que todas as medidas corram bem, pois a nossa saúde está em jogo.

Para terminar, e numa nota pessoal, para dizer que no dia 3 de Julho, voltarei às lides políticas, pois aceitei o desafio do Paulo Ribeiro, para integrar a sua lista. Será a lista A, mas nem sequer aqui apelo ao voto, pois não seria correcto aproveitar este espaço de opinião, pelo que apelo simplesmente a que vão votar, ou na Lista do Paulo Ribeiro (Lista A” ou do Pedro Tomás (Lista B), um jovem que conheço bem, pois integrou há alguns anos uma comissão política da qual eu era presidente. Independentemente de quem ganhar, o futuro do partido depende de todos nós e apelo a uma grande união e agregação de todos nós, porque o Distrito de Setúbal precisa de um PSD forte.

UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA
Paulo Edson Cunha
Advogado