A ligação fluvial Trafaria-Porto Brandão-Belém, entre os concelhos de Almada e Lisboa, irá manter a redução de horários que entrou em vigor em 23 de março, no contexto da pandemia de Covid-19.
Numa nota enviada à Lusa, na sequência do protesto, realizado ontem, por utentes da Transtejo, junto à estação fluvial da Trafaria, em Almada, contra a redução de horários da carreira Trafaria-Porto Brandão-Belém, fonte oficial da empresa referiu que “esta ligação fluvial manterá, por ora, a oferta praticada desde 23 de março, uma vez que a mesma continua a dar resposta ao nível de procura registado (mesmo nos horários de ponta da manhã e da tarde), cumprindo com o limite de passageiros transportados em cada viagem (2/3 da lotação do navio)”.
A empresa recorda que os horários praticados atualmente naquela ligação fluvial, “em vigor desde 23 de março, dado o contexto da pandemia Covid-19, correspondem a 50% da habitual oferta praticada”.
Alega a empresa que, “à data de hoje, a procura registada, não ultrapassa os 50% da habitual procura em dia útil (período pré-covid 19)”.
A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa.
Na nota enviada à Lusa, a Transtejo garante que, “não obstante a baixa procura registada, mantém a monitorização permanente da procura em todas as ligações fluviais, sendo que a oferta é ajustada em função das necessidades e tendências verificadas”.
João Horta, representante do movimento contra a redução de horários da carreira Trafaria/Porto Brandão/Belém), referiu que no dia 8 de junho todas as carreiras viram os seus horários voltar à normalidade, exceto a ligação Trafaria/Porto Brandão/Belém.
“Antes da pandemia tínhamos barcos de hora a hora e de há um tempo a esta parte desde que começou a pandemia decidiram reduzir os horários, aliás comum a todas as travessias do Tejo. O que acontece é que já repuseram os horários em todo o lado exceto na Trafaria”, disse.
O protesto de ontem de manhã foi simbólico, com a distribuição de comunicados à população, a alertar para o problema, mas João Horta disse que o movimento está a ponderar intensificar as ações de luta se os horários não forem repostos.