Distrito contabilizou 61 insolvências em seis meses

Esta realidade ditou o desemprego de 350 trabalhadores no distrito. Contudo, o número de empresas formadas no primeiro semestre do ano foi de 1274.

No primeiro semestre deste ano 61 micro e pequenas empresas do distrito de Setúbal declararam insolvência. São, sobretudo, empresas ligadas aos setores da construção, retalho e prestação de serviços. Estes processos, registados na COSEC, a maior empresa nacional de seguros de créditos e cauções, tiveram implicações para cerca de 350 pessoas, que ficaram desempregadas. Os números agora apurados estão, no entanto, longe dos máximos verificados no país, onde o distrito do Porto encabeça a lista de empresas incapazes de cumprir as obrigações financeiras.

Num documento a que o Semmais teve acesso é revelado que dos 61 casos de insolvência no distrito, 18 dizem respeito ao concelho de Almada. O segundo mais afetado é Setúbal, com oito processos, seguindo-se o Seixal, com seis, e a Moita, com cinco.

O Semmais contactou o presidente da Associação Industrial da Península de Setúbal, Nuno Maia, que disse não conhecer os elementos com exatidão, acrescentando também que é extemporâneo estar a fazer conjeturas nesta altura. “Talvez em setembro ou em outubro já seja possível ter um conhecimento estatístico mais atualizado. Infelizmente parece-me, mesmo sem estar totalmente documentado, que os valores referidos ficam aquém da realidade”, afirmou.

Apesar dos números não serem animadores no que se refere a empresas (micro e de pequena e média dimensão, na sua maioria), o mesmo documento também menciona que nos primeiros seis meses deste ano o distrito de Setúbal criou 1274 novas firmas, sendo neste aspeto o quarto em todo o país.