A saída acontece num momento particularmente difícil na história do clube, com a queda no Campeonato de Portugal e os profundos problemas de tesouraria em que se encontra.
Paulo Gomes vai demitir-se da Direção do Vitória. Segundo o jornal A bola, o presidente, redigiu ontem a carta na qual apresenta os fundamentos para a decisão de abandonar o cargo para o qual foi eleito em janeiro deste ano e que será agora entregue ao presidente da Mesa da Assembleia Geral, Cândido Casimiro.
A saída – que leva o clube a ficar em gestão até à realização de eleições – acontece num momento particularmente difícil na história do Vitória, com a queda no Campeonato de Portugal e os profundos problemas de tesouraria em que se encontra.
Ontem, segundo a mesma fonte, depois de ter estado incontactável durante vários dias, Paulo Gomes deslocou-se ao Bonfim para, na sequência de notícias que davam conta da intenção do plantel fazer greve – há jogadores com dois e quatro meses de salários por liquidar, atrasos que no caso dos funcionários ascendem a quatro e seis meses -, se reunir com os capitães de equipa.
No encontro com Semedo, João Meira e Zequinha, o agora presidente demissionário revelou não ter a liquidez necessária para pagar os vencimentos. Perante este cenário, durante os próximos dias muitos atletas deverão remeter à SAD pedidos de rescisão por justa causa.
A situação tem, porém, contornos ainda mais gravosos. Na noite de quarta-feira, surgiu a notícia de que a partida com o Moura foi adiada para 15 de novembro. Os sadinos, na sua página oficial, agradeceram “a disponibilidade e compreensão” aos alentejanos, treinados por Bruno Ribeiro, um homem de Setúbal. Na base do pedido feito para não jogar domingo, diz A Bola, está tão-somente o facto de o Vitória não ter equipa para entrar em campo. Ao longo das últimas semanas até têm sido anunciadas várias contratações, o problema é que os sadinos estão impedidos de inscrever jogadores e por esse motivo solicitaram ao Moura o adiamento da partida.paul
