Vacinas

Estamos na época do ano em que os entendidos nos aconselham a que nos vacinemos contra a gripe e sem querer implicar com Sua Exª o Senhor Presidente da República achamos muito bem que para dar o exemplo tenha sido o primeiro a ser vacinado mas não podemos deixar de dizer que tínhamos ficado mais satisfeitos se o Professor Marcelo Rebelo de Sousa não tivesse permitido que o acto fosse tão mediático. Como diz o outro: “Não havia necessidade”.

Segundo já foi tornado público por influência da pandemia que está a afectar todo o mundo, a receptividade à vacina da gripe tem aumentado com destaque para os mais idosos pois instintivamente podem querer ficar mais protegidos enquanto não chega a anunciada e prometida vacina contra o Covid19.

Aceita-se, embora se recomende calma, que todos queiramos ser dos primeiros a ser atendidos nos Centros de Saúde, e com isto estamos a correr o risco de ali se formarem grandes ajuntamentos pois são conhecidas as dificuldades – e por que não dizer impossibilidade – de sermos atendidos telefonicamente.

Todos sabemos que os serviços de saúde estão fortemente sobrecarregados e disso resulta que o medo se comesse a apoderar dos mais frágeis pois a grande carga de informação que diariamente nos “agride” com números cada vez mais altos mas que pouco nos esclarecem pois são baseados numa população que ultrapassa os dez milhões e deste número não temos noção pois os “nossos mundos” são bem mais pequenos.

E por que há vacina para muita coisa mas não há para aqueles casos em que as pessoas implicam por tudo e por nada, bom seria que na ausência desta medida preventiva tivessemos o discernimento de não querer que tudo corra a belo desejo e muitas vezes interesse político para que no futuro possamos disso tirar benefício.

Uma coisa é certa. Mesmo com máscara, são perceptíveis as intenções de cada um dos que nos tenta convencer de que a razão é sua.

FIO DE PRUMO
Jorge Santos
Jornalista