1,8 milhões para reabilitar Moinho Grande do Barreiro

A obra deve iniciar-se ainda antes do final do ano e prolongar-se por oito meses. Aumenta a oferta turística, de lazer, cultural e desportiva do concelho.

O Moinho Grande do Barreiro, um moinho de maré que remonta ao século XVII, localizado na zona de Alburrica e que se encontra em ruínas, vai ser reabilitado. O anúncio foi feito pela câmara, que espera iniciar as obras ainda antes do final do ano, criando no concelho mais um polo de atração turísticas e cultural.

“Esperamos que o concurso para a reabilitação do moinho fique concluído dentro de uma semana e que a obra se possa iniciar ainda este ano”, disse ao Semmais o vereador Rui Braga. De acordo com o autarca, os trabalhos deverão decorrer durante oito meses e terão um custo de 1,8 milhões de euros, dos quais 50% serão provenientes de verbas comunitárias e os restantes da autarquia.

Falando sobre a importância da obra no concelho, o vereador referiu que a mesma tem um grande impacto, uma vez que constitui uma “valorização turística e cultural”. “O interior, por exemplo, terá todos os instrumentos que eram utilizados na época em que funcionava”, disse.

Também o presidente Frederico Rosa, fez questão de salientar a importância deste projeto que, em sua opinião, serve para “promover a visitação e utilização social do equipamento, melhorando a sua imagem a nível ambiental e estético, valorizando-o como símbolo cultural da cidade”.

O moinho de maré, construído em 1652 e que laborou até 1892, está localizado numa área classificada municipalmente como de “Espaços Verdes de Recreio e Lazer e de Proteção e Enquadramento”, os quais são definidos como, “espaços afetos ou destinados, predominantemente, ao recreio e lazer da população e à proteção do meio ambiental e enquadramento paisagístico”. Este mesmo facto é valorizado pelos autarcas que, deste modo, consideram que ao mesmo tempo que se promove a recuperação do edificado histórico, contribuiu-se decisivamente para criar novos polos relacionados com a prática desportiva, uma vez que o local é dotado para a mesma. Será ainda criado um percurso interpretative.

O projeto de arquitetura inclui, entre muitas variantes, “a reedificação em alvenaria dos muros”, a “recuperação de comportas que permitam a troca de água entre a caldeira e o estuário” e a “reconstrução, desde as fundações, assentes sobre estacas de madeira originais”.