Autarca de Portalegre critica “excesso de exceções” do novo confinamento

A presidente da Câmara de Portalegre criticou hoje o “excesso de exceções” que o Governo introduziu nas regras do novo confinamento, considerando que as medidas adotadas são insuficientes para travar o “descalabro” provocado pela pandemia da covid-19.

“O que me dá a sensação é que está disseminado [vírus] não só no concelho de Portalegre, mas no distrito todo, na própria comunidade e isso advém de não se ter posto um travão a fundo quando se deveria ter colocado, na época das festividades e, agora, vai ser muito difícil”, lamentou Adelaide Teixeira.

A autarca, que exerce também a função de presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil (CDPC) de Portalegre, defende que o Governo deve agora de uma forma “mais agressiva” colocar o “travão a fundo” na situação, adotando medidas mais restritivas.

“Eu no sábado tive de ir à câmara e dava-me a sensação que era um dia normal, igual a qualquer outro. As exceções são tantas, que são mais as exceções que as obrigações das pessoas estarem confinadas”, disse.

Para Adelaide Teixeira, eleita pela Candidatura Livre e Independente por Portalegre (CLIP), a solução para o problema não passa apenas pelo encerramento de escolas, mas por aplicar medidas mais restritivas noutras áreas.

O Governo está reunido hoje em Conselho de Ministros extraordinário, devendo aprovar novas medidas relacionadas com o confinamento devido à covid-19.

No domingo, o Presidente da República admitiu um agravamento de medidas, considerando que o confinamento não está a ser levado a sério.