A Autoridade para as Condições do Trabalho fez hoje um “balanço positivo” de uma operação de fiscalização da obrigatoriedade do teletrabalho, realizada durante a manhã na fábrica da Coca-Cola, em Azeitão, no concelho de Palmela.
“O resultado é positivo. O que nos interessa, acima de tudo, é minimizar os riscos que existem, garantir que, no contexto laboral, não há propagação do vírus da covid-19. Nós fomos verificar as medidas que são de todos conhecidas – o teletrabalho obrigatório, as medidas de segurança que os trabalhadores têm que ter -, e, de facto, (o resultado) é positivo”, disse o subinspetor geral da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), Nélson Ferreira.
“Esta empresa tem um número bastante elevado de trabalhadores (mais de 250) mas tem duas partes distintas de atividade: uma parte mais fabril, onde o teletrabalho, não é exequível porque as operações são manuais, junto das máquinas, e uma parte administrativa, onde perto de 100 por cento das pessoas estão em teletrabalho”, acrescentou.
O responsável da ACT falava aos jornalistas após uma operação de fiscalização do teletrabalho e das condições de segurança para evitar a propagação do vírus da covid-19 na fábrica da Coca-Cola em Palmela, que é responsável pela produção de 90% dos produtos daquela marca vendidos em Portugal, e que considerou ser uma “empresa de referência” e que tem uma “atuação bastante positiva”.
“Ficámos satisfeitos, mas continuaremos agora a nossa ação nacional”, acrescentou Nélson Ferreira, lembrando que estas ações de fiscalização visam detetar e corrigir situações de incumprimento.
“Na nossa última ação de novembro, uma ação concentrada, mais de 90% das situações irregulares foram, entretanto, regularizadas. E, de facto, é isso que nos interessa: regularizar as situações e garantir que não há perigo, ou o risco, de contágio e propagação do vírus”, disse.
Nélson Ferreira salientou ainda que nas ações de fiscalização realizadas em diversas empresas, em novembro do ano passado, foram detetadas algumas situações em que essas empresas deveriam ter autorizado o teletrabalho, que, no entanto, só foi mesmo autorizado após a intervenção da ACT.
A agência Lusa tentou ouvir a fábrica da Coca-Cola, que a própria ACT considerou ser uma “empresa de referência”, mas não foi possível estabelecer contacto.