Calma. A primeira coisa que peço aos estimados leitores é que podem ficar tranquilos porque não vos vou mostrar nenhuma “selfie” pois disso todos já apanharam o “castigo” não merecido, agora esquecido não só porque estamos a entrar no segundo mandato mas também porque a pandemia tem impedido e aconselhado o Senhor Professor de passar muito tempo fora do Palácio.
E sem me querer comparar – longe de mim tal intenção – com a mais alta figura do nosso País, poderia cair na tentação de aqui revelar quais as minhas ambições, projectos e sucessos (compreendem que das desgraças ninguém gosta de falar) mas isso seria estar a estragar tinta e espaço bem precioso na divulgação do que se passa na nossa região.
Aproveito o espaço e a oportunidade para vos “mostrar” o retrato do que penso sobre o nosso dia-a-dia, neste período – mais longo do que chagámos a imaginar, mas que agora não fazemos a mínima ideia de quando irá terminar. São muitos os que já sentiram na pele o que esta pandemia nos trouxe mas são muitos mais os que diariamente ficam deprimidos com o amontoado de números com que são agredidos nas rádios e televisões, números estes que com os seus muitos zeros pouco nos dizem, pois, na realidade, dez pode ser muito e cem mil pode não revelar grande coisa.
A questão dos números põe-se não só às vítimas do Covid mas também à problemática da vacinação, em que é destacada a dificuldade em vacinar este e aquele, quando nos deveríamos centrar na ideia de ir preparando novos e velhos (não gosto da palavra idoso) para a receptividade a uma vacina que, deste ou daquele laboratório, nos irá dar a esperança de melhores dias.
E, porque quem me conhece diz que sou uma pessoa de bons costumes, limito-me a vos pedir que tenham a calma suficiente e necessária para que acreditem que há quem tem a sabedoria para uma boa solução e nós não nos alhearemos de continuar vigilantes e confiantes de que o amanhã será melhor do que ontem.
FIO DE PRUMO
Jorge Santos
Jornalista