A engenheira de materiais e investigadora, Elvira Fortunado, foi a vencedora da 34º edição do Prémio Pessoa 2020, no valor de 60 mil euros.
No anúncio feito esta quinta-feira, a ata do Prémio Pessoa 2020 sublinha o impacto das “inovações e invenções” desta investigadora, engenheira de formação. Destacou-se, ainda, “o percurso académico de grande consistência” de Elvira Fortunato, assim como “uma carreira de excecional projeção dentro e fora do nosso país”.
Natural de Almada, a também professora catedrática e vice-reitora da Universidade Nova de Lisboa, é pioneira mundial na eletrónica de papel e destacou-se com o desenvolvimento do “transístor de papel”, um dos projetos mais conhecidos das várias inovações que fazem parte da sua carreira.
“A ideia de usar o papel como um ‘material eletrónico’ abriu portas, em 2016, para futuras aplicações em produtos farmacêuticos, embalagens inteligentes ou microchips recicláveis, ou até páginas de jornal ou revistas com imagens em movimento”, afirmou o júri que constituiu a edição 2020 do Prémio Pessoa.
Em setembro, Elvira Fortunato foi distinguida com o prémio Horizont Impact Award 2020, pelo projeto Insibile, atribuído pela Comissão Europeia. O projeto contribuiu para o desenvolvimento de uma nova área tecnológica, a eletrónica transparente e a utilização de materiais sustentáveis, que possibilitou a produção do primeiro ecrã do mundo totalmente transparente.
O Prémio Pessoa é uma iniciativa do semanário Expresso com o patrocínio da Caixa Geral de Depósitos e é atribuído anualmente a personalidades nacionais com impacto na vida cultural e científica do país.