Começo por vos pedir desculpa por titular esta peça com uma palavra que não existe mas que numa altura em que tudo fugiu da normalidade também as minhas ideias se baralham como prova de que me mantenho na vulgaridade da muita asneira que nos envolve e a que nos apressamos a dar colaboração.
Há mais de um ano que vamos alternando umas semanas de confinamento com outras de desconfinamento e dando atenção aos números de vítimas da pandemia vamos desleixando os cuidados quando esses mesmo números são menos assustadores.
Mas, voltando ao título, peço-vos que não confiem em demasiado no que parece à primeira vista pois o que lá está tem por objectivo alertar-nos para não confiarmos em coisas que nos apresentam aparentemente bem fundamentadas mas que mais não são do que armadilhas bem engendradas que muitas vezes são ainda mais sinistras do que a pandemia que nos assola.
Os números assustadores de vítimas mortais e internadas foram explicadas pelo facilitismo registado na época natalícia e quem decide baseou-se na sabedoria de quem domina a ciência para reforçar os cuidados e o certo é que chegamos ao período pascal com números que baixaram das centenas para a dezena e até para as unidades e isto nota-se no comportamento de quem é obrigado a andar pelas ruas.
E como nem tudo é pandemia, embora esta passe por tudo, vamos dando conta de que aparecem nas televisões caras conhecidas e outras nem tanto, que se aproveitam da insegurança da populaça para nos atirarem com “teorias” e argumentos que não conseguem implementar no dia-a-dia, mas que outro objectivo não têm que não seja o de levarem as águas aos seus moinhos para poderem conquistar lugares e posições que com honestidade não conseguirão.
Resta-nos estar vigilantes para não permitir oportunismos de modo a que não nos tirem o que temos para garantir a comodidade de quem de nós depende.
FIO DE PRUMO
Jorge Santos
Jornalista