Cerca de mil trabalhadores do município de Almada cumprem esta sexta-feira uma greve de 24 horas para contestar a situação laboral na autarquia, divulgaram os sindicatos.
A paralisação é convocada pela União dos Sindicatos de Setúbal (USS) e abrange os trabalhadores da Câmara Municipal de Almada, das juntas de freguesia, dos Serviços Municipalizados de Águas e Resíduos e da empresa de estacionamento Wemob/Ecalma.
Em causa está, segundo explicou à agência Lusa o sindicalista Luís Leitão, da USS, a “imposição de escalas”, a ausência de propostas para o pagamento do subsídio de penosidade e insalubridade e a recusa em antecipar o pagamento do subsídio de férias.
“É isto tudo que está em causa, portanto, um executivo que pretende não ouvir os trabalhadores e avançar sobre os seus direitos e sobre aquilo que era o uso e as práticas da Câmara de Almada”, apontou.
Relativamente à antecipação do subsídio de férias, Luís Leitão ressalvou que “sempre foi uma prática comum” de anteriores executivos e que essa verba “é fundamental” para os trabalhadores liquidarem despesas como o Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI).
“Não havia problema nenhum porque a dotação orçamental está lá. Portanto, é uma questão de intransigência”, sublinhou.
Contactada pela Lusa, fonte da Câmara Municipal de Almada remeteu uma eventual resposta para mais tarde.
A ação de protesto dos trabalhadores do município de Almada tem início pelas 10:00 com uma concentração na Praça da Portela, no Laranjeiro, e segue depois até ao Chalet da Cova da Piedade.
A Câmara Municipal de Almada é presidida desde 2017 pela socialista Inês de Medeiros.