No Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) vai nascer uma Academia para o Hidrogénio que visa formar recursos humanos com elevado grau de especialização, para operarem no setor.
O interesse pelo hidrogénio é uma ambição há muito expectável pelo Instituto Politécnico de Portalegre que, através do seu centro de investigação, tem desenvolvido vários projetos em torno da produção de gases renováveis, em particular o hidrogénio.
A Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA) espera que até 2025, cerca de 6% do consumo final de energia global possa estar associado ao hidrogénio que, comparativamente a outros combustíveis, detém uma grande capacidade energética.
Apesar de não ser uma alternativa para a geração de energia elétrica, o hidrogénio verde que é produzido através da energia solar, representa uma das soluções energéticas mais promissores, acessíveis e sustentáveis para reduzir as emissões de gás carbónico. Caso seja produzido dentro das fronteiras nacionais, o hidrogénio verde pode reduzir a dependência de importações de combustíveis fósseis de um país.
Recorde-se que em setembro de 2020 o projeto de criação de uma academia de formação na área de hidrogénio, proposto pelo IPP, obteve parecer favorável para integrar a candidatura que o Governo português viria a formalizar ao ICPCEI – (Important Project of Common European Interest) hidrogénio.
A candidatura permite financiamento para a execução da academia, nomeadamente na aquisição de equipamentos piloto para auxiliar os processos de formação.
A futura academia está alinhada com os objetivos da Estratégia Nacional para o Hidrogénio (EN-H2) e reforça a aposta do Politécnico de Portalegre no ambiente e nas energias renováveis.