Rituais

Todos nós somos submetidos a rituais que começam logo no acto de ver a luz assim que nascemos pois apressam-se a dar-nos uma palmada para que o choro nos ajude a ativar a respiração e outros se sucedem para que aos poucos nos ambientemos ao bom e mau com que a vida nos vai presenteando.

Já integrados na família vão-nos instruindo para que possamos ir assimilando os bons costumes a que muitas vezes rotulamos por rotinas.

Partindo do princípio de que cada um está inserido na família é natural que muito do bom e do mau adquirido se vá manifestando na nossa vida em sociedade e isso irá resultar no sermos bem aceites ou rejeitados por aqueles com quem nos iremos relacional, quer de modo profissional ou simplesmente de amizade ou convívio.

Nos bancos da escola onde assumimos a aprendizagem temos por missão juntar a aprendizagem à educação que trazemos do berço e isso é factor relevante para a elevação ao grau de adulto que nos vai mostrando que não é igual para todos e que em termos de autodefesa nos apressamos a dizer que ainda bem que não somos todos iguais.

Já conscientes dos nossos valores vamo-nos cercando de quem pensa como nós e integramos clubes, colectividades e muitos de nós acha por bem militar num partido político para com o seu melhor ajudar a modificar a Sociedade ou a perpetuar o que ela tem de bom para todos.

E é com o “rótulo” de querer contribuir com o melhor para todos que nos apressamos quando se avizinham eleições a juntarmo-nos aos que connosco partilham as mesmas ideias para que quem vai depositar o voto na urna nos dê o poder de pôr em prática os nossos objectivos.

Como tudo deve ser feito com calma porque de pressa e bem não há quem começam a surgir as convenções que entre outros tem o objectivo de convencer os outros dirigentes e as massas a ir por nós e a convencer os nossos adversários a cederem ao nosso “namoro”.

FIO DE PRUMO
Jorge Santos
Jornalista