Em causa estão críticas levantadas por cidadãos e forças políticas relativamente à qualidade da água.
Após a abertura da Lagoa de Albufeira, ocorrida a 26 de maio, segundo afirma a autarquia sesimbrense em comunicado, começaram a circular “informações acerca da Lagoa sem qualquer fundamento técnico ou científico que as sustente, que contribuem apenas para gerar desinformação na opinião pública”.
Numa nota de esclarecimento enviado ao Semmais Digital, a edilidade informa que “a gestão das zonas costeiras assim como a monitorização da qualidade massa de água da Lagoa de Albufeira e a sua abertura cabe à Agência Portuguesa de Ambiente (APA), entidade dependente do Ministério do Ambiente, que é também responsável por avaliar o estado ecológico e químico das águas superficiais”.
Com análises reportadas ao dia 15 de junho deste ano, que apresentam resultados “excelentes”, a edilidade justifica ainda o aparecimento de algas e os problemas que daí podem advir. “As algas que em alguns períodos se concentram em maior quantidade nas margens (por efeito das marés e do vento), podem degradar-se e com isso libertar cheiro desagradável, que não é um indicador de degradação da qualidade da água, como tem sido erradamente divulgado”, avançado ainda que a câmara de Sesimbra “vai tentar proceder á remoção de parte das algas que encontram na margem”, apesar de “não haver quaisquer evidências de que estas algas afetem a qualidade das águas”, lê-se na nota.
Durante a época balnear, explica a mesma fonte, o sistema de limpeza da Lagoa de Albufeira é feito “com meios mecânicos todas as semanas e manualmente todos os dias”. A limpeza manual inclui “a substituição dos sacos de lixo nas estruturas distribuídas ao longo do areal e das estruturas existentes nas zonas de estacionamento”.
Na praia da Lagoa de Albufeira-Mar, distinguida com a bandeira Qualidade de Ouro 2021 pela Quercus – galardão que distingue a qualidade das águas – está em curso uma intervenção que “vai melhorar a ligação pedonal ao areal, uma vez que o anterior equipamento, apresentava sinais de desgaste devido à utilização”, com a “construção de um novo passadiço desde a zona de estacionamento até à praia da Lagoa-Mar”. Após a conclusão das obras, salienta a edilidade, será hasteada a Bandeira Azul, símbolo de qualidade ambiental atribuído pela Associação da Bandeira Azul da Europa, que reconhece a qualidade e serviços desta praia”.
Outra das questões levantadas pela câmara de Sesimbra é o desassoreamento urgente na Lagoa de Albufeira, que a edilidade caracteriza como “público e notório”. Segundo o município “este assoreamento faz com que, de ano para ano, a abertura da Lagoa ao Mar se torne mais difícil e por vezes tenha que se repetir, e que em alturas de marés baixas sejam visíveis grandes áreas de areia”.
A autarquia avança ainda que “desde há vários anos”, tenta obter “um protocolo de cogestão das parcelas de terreno da margem Sul da Lagoa de Albufeira, que se encontram na posse do estado e sob gestão do ICNF, por forma a implementar uma Área Protegida Local e implementar um conjunto de melhorias nos mesmos com vista a um eficaz ordenamento, melhoria das condições de fruição pública e criação de condições para valorização do local”.
Segundo a câmara municipal, a mesma encontra-se “a colaborar com a autoridade marítima e a APA num trabalho na limpeza e reordenamento da margem Sul da Lagoa, que inclui a remoção de embarcações abandonadas, amarrações, cabos, e outros detritos, o condicionamento da circulação de veículos motorizados e a criação de um acesso específico para embarcações”.