Projeto vale três milhões de euros, sendo que o investimento vai ser candidatado aos fundos europeus.
O projeto de navegabilidade do troço do rio Guadiana em Mértola que vai permitir navegar até Vila Real de Santo António avança este ano, num investimento de três milhões de euros, disse este sábado o presidente do município.
Jorge Rosa indicou à agência Lusa que o projeto de navegabilidade do troço Pomarão-Mértola no rio Guadiana, neste concelho do distrito de Beja, é a última fase para possibilitar a navegabilidade até Vila Real de Santo António, no distrito de Faro.
Está previsto que o projeto da obra fique concluído em agosto, decorrendo depois os trabalhos num período de seis a oito meses, adiantou o autarca.
Além do investimento de três milhões de euros, no concelho de Mértola, o autarca explicou que está previsto outro investimento de infraestruturas em terra, no valor de “1,5 ou dois milhões de euros”, que envolve os municípios de Mértola, Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António.
Segundo Jorge Rosa, estes investimentos vão ser candidatados a fundos comunitários.
O autarca realçou que a navegabilidade do rio Guadiana “é importante” para o concelho, visto que permite “explorar melhor esta grande mais-valia” para Mértola e perspetivar “um desenvolvimento turístico diferente”, permitindo “novos negócios, que levam à criação de emprego e riqueza”. Este processo, de acordo com o presidente do município, é reivindicado há muitos anos pelo concelho de Mértola.
Em comunicado, a Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) indicou que foi dado “um passo decisivo” para avançar com o projeto de navegabilidade do troço Pomarão-Mértola no rio Guadiana.
A DGRM adiantou que vai avançar com o projeto de navegabilidade do último troço até Mértola, o que contemplará a “regularização de fundos em toda a sua extensão e a execução do assinalamento marítimo através de balizagem diurna e noturna do futuro canal de navegação”.
Complementarmente, segundo a DGRM, deverão também ser realizadas “intervenções nas infraestruturas de acostagem e movimentação de pessoas”.
A DGRM lembrou que realizou nos últimos anos a recuperação do molhe quebra-mar da barra de acesso ao rio em Vila Real de Santo António, bem como a execução dos projetos de navegabilidade nos primeiros dois troços, ou seja, o troço entre Vila Real de Santo António-Alcoutim e Alcoutim-Pomarão.
Com a conclusão deste projeto, acrescenta-se no comunicado, “repõe-se a navegabilidade desta via de navegação interior, a qual assumiu no passado uma grande importância económico-social para as gentes do Baixo Guadiana e que atualmente é uma grande aspiração deste território”.