O presidente da câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, disse que o investimento de 657 milhões de euros da Repsol Polímeros no Complexo Industrial de Sines vai contribuir para atrair riqueza e emprego para a região.
“É um projeto muito interessante para o município, para a região e, sobretudo, para o país”, sublinhou o autarca, em declarações à agência Lusa.
Apesar de se tratar de “uma petroquímica”, o projeto prevê a construção de duas fábricas, “uma de polipropileno e também de polietileno”, permitindo que “este complexo se possa adaptar à transição energética e de circularidade”, sublinhou.
“Para isso (a empresa) tem de fazer os investimentos adequados, não só ao nível da capacidade de expansão do complexo (petroquímico de Sines), mas também ao nível do posicionamento do país em termos de transição energética e ambiental”, acrescentou.
Para o autarca, “os investimentos que visem melhorar e aperfeiçoar todos os sistemas são importantes”, não só ao nível técnico, como também “na criação de riqueza e de emprego” na região.
“Esta é uma intenção que tem estado a ser trabalhada ao longo de muitos meses, é um projeto considerado de Potencial Interesse Nacional (PIN)” e, apesar de estar hoje em discussão na reunião de Conselho de Ministros, “existem outras fases, não só de acompanhamento, como de licenciamento que se seguirão”, evidenciou.
Por isso, o autarca garante que o município de Sines “está empenhado para que este seja mais um projeto de sucesso, que crie riqueza e emprego, sendo essa a nossa grande aposta”.
O Conselho de Ministros apreciou ontem a atribuição de incentivos fiscais de até 63 milhões a um projeto de 657 milhões de euros da Repsol no Complexo Industrial de Sines, apontado como o “maior investimento industrial” da última década.
“O Conselho de Ministros terá a oportunidade de apreciar um conjunto de investimentos, entre eles, provavelmente, o maior investimento industrial dos últimos 10 anos. É um investimento da Repsol, que vai não só contribuir para a descarbonização da economia portuguesa, como vai focar-se nos objetivos que temos de aumentar as exportações e diminuir as importações”, avançou à agência Lusa o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias.
Em causa está um projeto de Potencial Interesse Nacional (PIN) para ampliação do Complexo Industrial de Sines da petrolífera Repsol, com a construção – prevista para arrancar este ano e terminar em 2025 – de duas novas fábricas de materiais poliméricos de alto valor acrescentado, 100% recicláveis, para as indústrias automóvel, farmacêutica ou alimentar, entre outras.
Segundo salientou o secretário de Estado, “estima-se que, em momento de cruzeiro, o impacto direto do projeto na balança comercial de bens poderá andar muito próximo dos 800 milhões de euros”.
O secretário de Estado apontou ainda a criação prevista com o projeto de 75 novos empregos permanentes, a que a acrescem, durante a fase de construção, uma média de 550 postos de trabalho, que poderão chegar a um pico de mais de 1.000 pessoas.