Prestes a entrar na campanha eleitoral para as autárquicas do próximo dia 26, vamos percebendo quem melhor se posiciona, em cada concelho, para enfrentar os próximos desafios.
Será, todos sabemos, um mandato muito desafiante, sobretudo porque, ao que parece, haverá uma enorme janela de oportunidades para os municípios da região, com a chegada, já prometida e garantida pela ‘bazuca’ de Bruxelas, de um envelope financeiro de que não há memória.
Em particular em três áreas que, normalmente, pouco se avança porque são matérias que cabem à administração central: saúde, educação, ação social e habitação. Este modelo que se perspetiva implica uma descentralização de recursos e atribuição de novas competências aos municípios.
Com esta nova geração de políticas autárquicas não basta chegar à cadeira do poder. É preciso mais, muito mais, no sentido de dar corpo a esta oportunidade de ouro, dinamizando escolas novas; centros de saúde capazes de se modernizarem e acabarem, de vez, com o drama de milhares e milhares de utentes; tratar de quem mais precisa, incluindo os mais idosos; e erradicar a falta de habitação tanto para a classe média e casais jovens, como para as famílias mais carenciadas.
A par desta ‘bazuca’ autárquica, os novos executivos municipais têm que dar um rumo no desordenado urbanismo das cidades, torná-las mais sustentáveis e empreender uma visão estratégica. É um gigantesco desafio só possível de tornar realidade com autarcas competentes, que se devem despir das partidarites e assumir esta missão maior de oferecer maior qualidade de vidas aos nossos munícipes.
São quatro anos de trabalho, empenho e zelo. São quatro anos de esforço, dedicação e competência só ao alcance dos melhores. Que sejam eleitos os mais capazes, para que o distrito não fique a marcar passo perante tamanha oportunidade.
Raul Tavares
Diretor