Catarina Martins começou o quarto dia de campanha com uma visita aos Bombeiros Voluntários de Setúbal.
A coordenadora bloquista, Catarina Martins, acusou hoje a direita de irresponsabilidade por dizer que “não há emergência climática” e o PSD por querer alargar a área de eucalipto, defendendo a urgência de responder pelo clima com segurança das populações.
Catarina Martins começou o quarto dia de campanha com uma visita aos Bombeiros Voluntários de Setúbal, defendo que “as alterações climáticas não são uma ficção” e que “há enormes responsabilidades sobre a segurança das populações e do território que passa também pelos bombeiros”.
“Prevenimos também com a organização do território e por isso é que quando ouvimos a direita a dizer que não há emergência climática achamos que é irresponsável ou vemos o PSD a querer estender a área de eucalipto no país, achamos que é absolutamente irresponsável”, criticou.
Para a líder do BE “seria um erro tremendo colocar em causa a segurança das populações liberalizando a plantação do eucalipto”, o que admitiu que “pode ser muito bom para a indústria da celulose, mas péssimo para a segurança da população”.
“Plantar eucaliptos pelo país é só querer mais fogos. Temos de aprender”, afirmou, recordando os fogos trágicos que assolaram Portugal e, por isso, considerando fundamental “limitar o eucalipto tem de ser uma prioridade”.
Questionada sobre o porquê desta proposta do PSD, Catarina Martins considerou que o partido liderado por Rui Rio “está a responder a interesses económicos” quando aquilo que é preciso é “responder pela segurança da população”.
“Eu ouvi quem dissesse que não se devia responder à emergência climática porque era mau para a economia. É mentira, isso é uma visão de curto prazo para enriquecer alguns com a sua irresponsabilidade. O que é fundamental é responder à emergência climática com segurança das populações”, insistiu.
Para lá da prevenção, Catarina Martins defendeu que “quem lida com os fenómenos climáticos extraordinários e a quem tem de salvaguardar a população” deve ter mais meios, pedindo uma “nova atenção” à Proteção Civil e aos bombeiros.
“Precisamos de crescentes corpos de bombeiros profissionais que serão complementados com o trabalho voluntários e precisamos de dar meios aos bombeiros”, apontou, considerando que a resposta à emergência climática “passa também por profissionalizar a segurança às populações tendo mais bombeiros com mais capacidade em todo o país”.