O laranja não tem sido uma das cores preferidas do eleitorado do distrito. Contudo, o partido não desarma e diz-se confiante na missão de tentar virar o território mais para a direita.
Em Alcochete, foi numa tarde de sol à beira rio que encontrámos uma das comitivas encarregue de fazer a campanha social-democrata na nossa região. A tarde convidava a população a permanecer nas esplanadas e nos restaurantes e os militantes aproveitaram a ocasião para distribuir flyers e tentar ‘dois dedos de conversa’.
Abordados com as frases “desculpe o incómodo” e “deseja conhecer o nosso programa”. os fregueses dos estabelecimentos anuíam à solicitação, aceitavam a propaganda eleitoral e continuavam com os seus afazeres, enquanto a comitiva seguia em direção ao Jardim da Avenida Dom Manuel Primeiro, onde algumas pessoas dividiam o olhar entre o pôr do sol e as bandeiras laranjas transportadas pelos militantes.
Entre paragens, Nuno Carvalho, cabeça de lista do PSD pelo distrito de Setúbal, foi partilhando com o Semmais como está a ‘medir o pulso’ às arruadas que o partido está a realizar junto da população. O candidato a deputado da Assembleia da República começou por mencionar que “sente a adesão” dos cidadãos a um sentimento de “virar” a governação, nos últimos anos suportada pelo PS e pela CDU, para a direita, e critica os mesmos partidos pelos “resultados fracos” nos setores da educação, economia e saúde. Fez questão de referir ainda que o cenário dos hospitais, em pré-pandemia, já revelava “falência” em diversas especialidades.
Cabeça-de-lista crente na subida do partido no distrito
Ainda no que diz respeito ao território sadino, Nuno Carvalho afirmou que apesar de a região “pertencer à Área Metropolitana de Lisboa, não é Lisboa” e relembrou que “Setúbal é uma região à parte, com a sua própria história”, lançando um ataque ao primeiro ministro, António Costa, que, na sua opinião, ao sofrer de “uma obsessão” pela capital criou problemas de “emprego, habitação e mobilidade”.
O cabeça de lista dos sociais democratas também alegou que os partidos de esquerda “não têm capacidade de se unir”, utilizando como força do seu argumento o chumbo do Orçamento de Estado.
“Setúbal é um distrito que vai, claramente, permitir ao PSD ter maioria parlamentar” remata confiante Nuno Carvalho, enquanto os militantes do partido balançavam as bandeiras laranjas pelas ruas de Alcochete.