Sociais-democratas acusam PCP de premeditar a renuncia com o “intuito claro de ludibriar os eleitores”
O PSD do Seixal repudiou, durante o dia de ontem, “o processo de substituição do presidente da câmara do Seixal, Joaquim Santos, que anunciou na quarta-feira que irá renunciar ao cargo, quase um ano depois de ter sido reeleito.
Em comunicado, o PSD do Seixal, partido que tem um vereador sem pelouro no executivo camarário, refere que, apesar de se saber “há meses” da renúncia de Joaquim Santos, falta ainda perceber se é voluntária ou “forçada pelo PCP”.
“O que não se sabe, ainda, é se a renúncia é voluntária e por vontade do próprio, ou se forçada pelo PCP. Certo é que este processo se tornou numa autêntica “novela” repleta de truques, expedientes, anúncios e desmentidos, que visaram e visam, unicamente e de forma deliberada, enganar os munícipes e os autarcas”, lê-se na nota.
Segundo os sociais-democratas, ainda na quarta-feira, durante uma reunião do executivo, o vereador social-democrata, Bruno Vasconcelos, questionou o presidente da autarquia sobre a sua eventual renúncia e este respondeu que continuaria no cargo. Horas depois, Joaquim Santos confirmou no Facebook a renúncia.
“Através deste triste processo, pode-se concluir que o PCP premeditou esta renúncia e esta substituição ainda antes das eleições autárquicas de 2021 com o intuito claro de ludibriar os eleitores, apresentando candidatos, não para os quatro anos do mandato, mas apenas para completarem o tempo que o partido considerou necessário para operar às substituições dos cabeças-de-lista eleitos no quadro do seu exclusivo interesse”, acusa o PSD do Seixal.
Joaquim Santos, engenheiro civil, foi eleito presidente da Câmara Municipal do Seixal em setembro de 2021, pela CDU, para o terceiro mandato. Será agora substituído pelo atual vice-presidente, Paulo Silva.