A recandidatura de Paulo Ribeiro à liderança distrital do PSD está a ser forjada para atingir objetivos. Combater o jugo da esquerda na região e conquistar pela primeira vez uma câmara no distrito. A força, essa, vem da nova cúpula nacional.
Tudo indica que Paulo Ribeiro não vai ter opositor nas eleições distritais que decorrem a 1 de outubro, situação que o próprio não tece comentários. O que se sabe apenas é que vai incluir nas suas listas “um misto de continuidade e de renovação”, em prol da estabilidade. “Acima de tudo será uma equipa que privilegia a competência, a disponibilidade para a causa pública e compromisso na busca de soluções para os problemas das pessoas”, atira ao Semmais.
Por isso mesmo, fala em candidatura “agregadora e mobilizadora” e adianta ter nas listas para os vários órgãos da distrital companheiros que “foram legitima e democraticamente opositores” da sua primeira candidatura. “Não colocamos rótulos nem fazemos qualquer segregação ou exclusão”, afirma.
O facto de ser um indefetível apoiante do líder nacional, Luís Montenegro, também lhe dá algum conforto e capital junto das hostes social democratas. Por outro lado, um dos possíveis adversários, o deputado Nuno Carvalho, está guindado a regressar à liderança da concelhia de Setúbal.
E é com Montenegro que espera reforçar o peso do PSD no distrito, exigência que não raramente tem feito à cúpula nacional.“O Dr. Luís Montenegro tem mostrado uma especial atenção para os problemas do distrito e é sua convicção de que é necessário apostar neste território”, explica o recandidato.
Líder nacional quer aposta no potencial da região
Afirmando ter uma carteira de iniciativas que “a seu tempo” serão divulgadas, lembra que o presidente do partido “nos primeiros 60 dias do seu mandato esteve no distrito, nomeadamente em Grândola, onde contactou com os problemas e anseios da população”. “O PSD, nos últimos meses, voltou a afirmar-se como o grande partido português, como a alternativa credível à estagnação e empobrecimento de duas décadas de governo socialista. E, no nosso caso, temos de fazer a nossa parte para dar esperança ao distrito de Setúbal”. E acrescenta: “O próximo mandato terá de desenvolver uma estratégia de ações consistentes que nos permitam reganhar a confiança das pessoas. O objetivo é aumentar a nossa implantação num distrito tantas vezes adverso”.
Paulo Ribeiro quer, também, preparar o caminho das próximas autárquicas de 2025. “A perceção e o sucesso das mesmas depende do que fizermos neste mandato”, destaca. E lembra que esse é outro dos fatores pelos quais decidiu abraçar de novo a corrida à presidência da distrital. O objetivo está traçado: “Ganharmos a primeira câmara municipal neste distrito começa a construir-se agora!”.
Declinando tratar-se de um mandato “calmo”, uma vez que apenas as eleições europeias ocorrerão durante esse período, Paulo Ribeiro lembra que há uma luta maior que é “libertar o distrito do jugo de uma esquerda que todos os dias asfixia a sociedade e degrada das condições de vida das populações”. Por isso, sublinha, “é preciso um PSD forte, atuante e que volte a ter a confiança do eleitorado da região”. “Temos que identificar, denunciar e apresentar alternativas para os problemas das pessoas que vivem no distrito”, afirma.
Recorde-se que o PSD, que tem autarcas em todos os concelhos do distrito, conta com treze concelhias e 2000 militantes ativos.