Os trabalhadores da Caetano Formula, concessionária de duas marcas de automóveis no Monte Caparica, em Almada, decidiram em plenário convocar dois dias de greves parciais a 13 e 14 de outubro por “aumentos salariais de 60 euros”.
“Exigimos aumentos salariais de 60 euros, porque há dez anos que os trabalhadores da Caetano Formula têm carreiras e salários congelados. A administração da empresa vai dizendo que nos pretende aumentar ainda este ano, mas não tem passado das promessas e também não revela qual o aumento que pretende dar”, disse à agência Lusa Sérgio Martins, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (SITESUL).
“Temos mecânicos profissionais com os cursos mais elevados de uma das marcas que representamos, mas que têm apenas 750 euros de ordenado base”, sublinhou Sérgio Martins, convicto de que as empresas do grupo “apresentam lucros que não se coadunam com o congelamento de salários desde há dez anos”.
De acordo com o sindicalista, face à ausência de respostas por parte da administração, os trabalhadores decidiram, em plenário, convocar greves parciais nos dias 13 e 14 de outubro, que terão início às 10:30 e que se prolongam por um período de cinco horas.
“Durante as greves parciais está prevista a deslocação para o Monte Caparica dos plenários de trabalhadores de outras empresas do grupo Salvador Caetano no distrito de Setúbal, designadamente dos trabalhadores da Caetano Auto do Barreiro e do Montijo, bem com a presença de delegados sindicais da Caetano Auto de Setúbal”, disse Sérgio Martins.
De acordo com o dirigente sindical do SITESUL, a Caetano Formula do Monte Caparica tem atualmente cerca de 20 trabalhadores. As empresas Cetano Auto, também do grupo Salvador Caetano, no Barreiro, Montijo e Setúbal, têm no total cerca de 40 trabalhadores.