Ponte de Sor com 200M€ do PRR e mais de 500 postos de trabalho diretos

O concelho de Ponte de Sor (Portalegre) foi contemplado com três agendas mobilizadoras do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com mais de 200 milhões de euros, criando cerca de 500 postos de trabalho diretos.

Em declarações à agência Lusa hoje, o presidente da Câmara de Ponte de Sor, Hugo Hilário, sublinhou que as três agendas vão ter um “impacto direto e determinante” no desenvolvimento do aeródromo municipal e na região Alentejo, criando além dos mais de 500 postos de trabalho diretos, “mais de mil indiretos”.

A primeira agenda mobilizadora é a “Aero.next Portugal” (um consórcio), que será responsável por produzir a primeira aeronave portuguesa, o LUS 222, que foi apresentado no decorrer da cimeira aeronáutica Portugal Air Summit, que decorre até sábado no Aeródromo Municipal de Ponte de Sor.

Esta agenda contempla cerca de “140 milhões de euros” de investimento, “61%” dos quais para o Alentejo (75 milhões de euros), é ainda composta pela produção de uma aeronave não tripulada com capacidade “distinta” das que existem para a vigilância marítima e uma terceira componente relacionada com a mobilidade aérea avançada.

“Esta agenda comporta perto de 140 milhões de euros, com um impacto direto de cerca de 70% na nossa região do Alentejo, criará perto de 400 postos de trabalho diretos e perto de 900 indiretos, nestas suas três componentes”, disse.

A segunda agenda mobilizadora, a “Neuraspace”, tem como objetivo “ajudar a resolver” os problemas relacionados com os lixos espaciais, sendo criado em Ponte de Sor um radar para dar resposta a esta necessidade.

“Estamos a falar de uma agenda de cerca de 20 milhões de euros e que criará cerca de 20 a 30 postos de trabalho diretos”, acrescentou.

A terceira agenda mobilizadora, no âmbito do PRR, a Newspace, está por sua vez relacionada com a produção de microssatélites e terá também “impacto” em Ponte de Sor.

“Esta agenda comporta cerca de 60 milhões de euros e criará mais de uma centena de postos de trabalho nos próximos anos”, acrescentou.