103 anos da Polícia Marítima celebrados em Setúbal

Cerimónia oficial, realizada este domingo, contou com a ministra da defesa, Helena Carreiras, André Martins, presidente da câmara, Chefe do Estado-Maior da Armada e Autoridade Marítima Nacional, almirante Henrique Gouveia e Melo, e do comandante-geral da Polícia Marítima, vice-almirante João Dores Aresta

Setúbal acolheu no passado fim-de-semana as celebrações do 103º aniversário da Polícia Marítima, marcado por diversas iniciativas, com destaque para a cerimónia oficial, presidida pela ministra da defesa, Helena Carreiras, este domingo junto ao jardim da beira-mar.

No seu discurso, a ministra, considerou que a escolha de Setúbal, como anfitriã das comemorações era “simbólica do apoio e da importância que os municípios, os autarcas e as gentes desta região conferem às atividades da Autoridade Marítima Nacional e da Polícia Marítima”.

A governante aproveitou para transmitir “o compromisso do Governo com a contínua valorização, consolidação e modernização de uma estrutura tão vital ao exercício da soberania do estado do mar e nas áreas sob jurisdição marítima”, recordando o papel da Polícia Marítima na vigilância e policiamento dos cerca de 2500 quilómetros da costa portuguesa, incluindo as regiões autónomas.

Helena Carreias, salientou que a Polícia Marítima tem sob a sua jurisdição “cerca de 50 por cento das águas marinhas do mar pan-europeu e cerca de 50 por cento dos respetivos solos e subsolos marinhos”, afirmando que a responsabilidade pela gestão destes espaços e dos seus recursos é acrescida pelo facto de Portugal ser “porta de entrada na Europa” e “ponto avançado no Atlântico”.

A ministra destacou ainda as operações internacionais em que aquela força tem participado, como a missão Poseidon na Grécia, da agência Frontex, na qual totaliza “mais de 28 mil horas de missão e mais de sete mil migrantes resgatados” desde 2014, ou na operação conjunta Themis, no Mediterrâneo Central, com “mais de três mil horas de navegação” e “quase 400 embarcações” vistoriadas desde 2017.

Helena Carreiras considerou que a Polícia Marítima é “uma força que preserva e protege o ambiente marinho, que salvaguarda pessoas e bens e que contribui para que Portugal se assuma de forma plena enquanto país com vocação e cultura marítimas”

André Martins, presidente da câmara de Setúbal, manifestou “grande regozijo” pela escolha da cidade para o Dia da Polícia Marítima, por ser “o reconhecimento da ligação de Setúbal ao mar, do ponto de vista da importância social, da importância económica, da importância cultural.

“Cabe-me, naturalmente, agradecer à Polícia Marítima a sua disponibilidade, a sua prontidão para a salvação, a proteção e o socorro. Muito obrigado à Polícia Marítima”, sublinhou ainda o autarca, na conclusão da sua intervenção.

A cerimónia incluiu a condecoração de nove militares e uma civil e uma homenagem aos agentes falecidos, e contou ainda com a presença do Chefe do Estado-Maior da Armada e Autoridade Marítima Nacional, almirante Henrique Gouveia e Melo, e do comandante-geral da Polícia Marítima, vice-almirante João Dores Aresta, entre outras individualidades.

No final da cerimónia, realizou-se um desfile de meios, com a apresentação de um drone, veículos de todo-o-terreno, motos4, motos de água e uma lança rápida, entre outros, antes de a comitiva visitar a exposição e assistir a uma demonstração de capacidade e meios aquáticos no rio, a qual envolveu a equipa de vigilância costeira, o grupo de mergulho forense e o grupo de ações táticas.