A câmara da Moita vai abandonar a Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS), por considerar que paga anualmente um valor muito elevado, com um retorno reduzido para o município, disse hoje o presidente da autarquia.
Em declarações à agência Lusa, Carlos Albino explicou que os municípios com presidência PS (Moita, Almada, Barreiro, Alcochete e Montijo) apresentaram uma proposta para haver uma redução da verba que cada autarquia despende anualmente para a organização, mas o orçamento da associação para 2023 que foi hoje aprovado não incluía o que tinha sido proposto.
A AMRS, presidida por André Martins, que dirige a câmara de Setúbal, integra atualmente 11 concelhos daquele distrito, cinco dos quais liderados pelo Partido Socialista e os restantes pela CDU.
O orçamento foi aprovado com os votos contra das autarquias PS.
“Não concordamos com o que foi aprovado. Não tendo sido cumprido o que ficou falado e que consta em ata, não nos resta outra solução senão sair”, disse Carlos Albino, adiantando que também os restantes municípios com presidência socialista estão a avaliar a sua saída da associação.
Carlos Albino adiantou que as autarquias da Moita e de Almada são as que têm o processo de saída “mais amadurecido”.
O autarca da Moita explicou que havia uma proposta de redução em 25% para 2022 e de 50% nos anos seguintes da verba anual dos municípios para financiar a estrutura, assim como uma necessidade de reformular a ação desta estrutura.
Esta proposta, adianta, não ficou plasmada no orçamento hoje aprovado, tendo ficado os valores iguais aos anteriores.
Questionado pela agência Lusa sobre a decisão da Moita, o presidente da AMRS, André Martins, disse desconhecer “qualquer intenção ou decisão nesse sentido, de qualquer das câmaras que integram” a associação.