Jovem superou as adversárias na prova de k1-70kg. Este título junta-se ao nacional “classe b” conquistado em abril. Para este ano, a atleta alimenta ainda a ambição de vencer o “classe A”.
Maria Mariani, jovem setubalense lutadora de kickboxing, da Henrique Diogo Team, sagrou-se campeã mundial da modalidade, em representação da seleção nacional, ao superar a concorrência na prova de k1 -70kg, no Campeonato do Mundo ISKA, realizado na Turquia entre 31 de outubro e 6 de novembro.
Após a chegada a Portugal, a atleta disse ao Semmais estar “bastante orgulhosa” do resultado. “É muito gratificante. É a recompensa de muito trabalho e muitas horas de treino e dedicação”, sublinhou Maria Mariani, afirmando que já partiu para a competição com boas expetativas: “Sentia-me muito bem. Estava motivada e sentia-me preparada para fazer um bom resultado. Sabia que era possível e recebi toda a confiança e motivação dos selecionadores e apoio dos seus colegas de comitiva”.
Já em prova, as coisas não podiam ter arrancado da melhor maneira, uma vez que beneficiou da desistência da sua adversária, chegando assim à final. Contudo, este detalhe não afetou o foco da atleta. “São coisas que acontecem. Eu tinha já o foco na final. Sabia que independentemente do que acontecesse que queria estar lá. Acabou por ser positivo. Deu para chegar mais descansada e fresca à final”, referiu.
O combate final, frente a uma atleta da Alemanha, foi difícil e duro, típico de uma grande decisão. Além disso, para Maria Mariani a arbitragem também em nada lhe facilitou a vida. “Foi complicado. Não sei como isto aconteceu, mas apanhámos uma equipa de arbitragem alemã, num combate frente a uma lutadora da Alemanha. Houve momentos em que aquilo se podia ter complicado mais, mas correu tudo bem”, explicou.
Quem acompanha Maria Mariani, desde sempre, nesta sua viagem pelo mundo do kickboxing é Henrique Diogo, treinador e mentor. No entanto, na Turquia não esteve presente. “Foi difícil. Já são muitos anos de trabalho. Mesmo durante o combate não ouvir aquela voz familiar foi estranho”, assinala a atleta.
Ainda assim, a jovem revela que o trabalho e a confiança transmitida pelo treinador antes da competição foram importantes: “Estava muito bem preparada. Mesmo ele não estando lá, sabia bem o que tinha trabalhado comigo e fiquei tranquila”.
Para o resto da temporada, a atleta tem como grande objetivo a conquista do título nacional em “classe A”, depois de ter conquistado o mesmo em “classe B” no mês de abril em Leiria. Com o título mundial, pela primeira vez enquanto sénior, após uma assinalável carreira nos escalões de formação, onde tem um largo palmarés nacional e internacional, a atleta afirma estar “bastante motivada e preparada” para obter mais vitórias.
