Na espuma dos dias

Na espuma dos dias desta semana há notícias e notícias. Das tricas políticas aos dos fait divers que enxameiam os me- dia e as redes sociais, pontifico as construtivas, sobretudo, e no caso concreto, as que dizem respeito à nossa região.

Destaco, neste particular, o arranque de um dos primeiros projetos de habitação no quadro do PRR. Almada deu um primeiro passo, decisivo para acabar com aquilo que a presidente do município, Inês de Medeiros, apelida de “bairros de barracas”. Que assim seja! Há instrumentos de gestão, há vontade política e verbas para levar a empreitada em frente.

Tenho dito e escrito em diversas ocasiões que o Plano de Recuperação e Resiliência é a grande oportunidade de resolver, no quadro da região e do país, as várias premissas da habitação em Portugal. Por essa razão, os planos municipais e integrados devem construir ofertas para suprir todas as dificuldades: realojamento, construção a custo controlado, rendas acessíveis, reconfiguração urbana. Se há um momento para atacar este drama é mesmo agora.

Em outro palco, no concelho de Sesimbra, vislumbram-se soluções para a Mata da Apostiça, um dos poucos pulmões da Área Metropolitana de Lisboa, importante sob todos os pontos de vista. Foi apresentado o contra- to de urbanização da chamada Zona Norte da Mata de Sesimbra, e parece ter os ingredientes para solucionar os impasses que remontam aos meus tempos de adolescente. Com todos os cuidados, acautelando o interesse público e municipal, gabo a coragem de avançar.