Évora quer Teatro Garcia de Resende com programação de referência

O presidente da Câmara de Évora assumiu a ambição de tornar “uma referência” a programação do Teatro Garcia de Resende, sala histórica que “foi uma peça essencial” na candidatura a Capital Europeia da Cultura em 2027.

“Esta ‘casa’ é um teatro histórico. É um teatro que marca Évora e foi uma peça essencial na nossa candidatura a Capital Europeia da Cultura e será uma peça essencial naquilo que será a Capital Europeia da Cultura”, afirmou o autarca Carlos Pinto de Sá.

O presidente do município, que falava durante a sessão de apresentação da programação para este ano do centenário Teatro Garcia de Resende (TGR), realizada ao início da noite de ontem, destacou a importância deste plano anual ser, agora, financiado pela autarquia e pela Direção-Geral das Artes (DGArtes).

O que se deve à aprovação de uma candidatura, que vigora de 2022 a 2025, ao concurso de apoio à programação da Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses (RTCP), a qual garante 400 mil euros anuais para o TGR, cabendo à DGArtes 200 mil e os outros 200 mil ao município.

“Foi muito importante que este teatro pudesse incorporar essa Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses”, disse Carlos Pinto de Sá, lembrando que o TGR já integrava antes uma outra rede de teatros históricos.

Mas, no âmbito da RTCP, o histórico teatro de Évora passou a ter “um patamar de financiamento fundamental para poder dar um salto qualitativo” em termos de programação, frisou.

“Estamos a fazer esse percurso e queremos que este teatro possa ter e vir a ser uma referência em termos da programação não apenas local, mas em termos nacionais e internacionais, nomeadamente quando chegarmos a 2027 e depois, naturalmente, para além de 2027”, argumentou.

Segundo o autarca, o trabalho que Évora está a fazer, ao ter sido nomeada Capital Europeia da Cultura em 2027 – juntamente com Liepaja, na Letónia -, não é apenas para esse ano, mas sim para o futuro.

“É um trabalho que queremos que crie raízes, que continue para além de 2027, porque é isso que cria densificação cultural no território e permite que possamos ter e aspirar a algo mais para além de 2027”, afiançou.

Na sessão de apresentação da programação intervieram também José Russo, diretor do Centro Dramático de Évora (Cendrev), companhia residente do TGR, e o diretor-geral das Artes, Américo Rodrigues.

Um total de 127 espetáculos e iniciativas culturais preenchem a programação deste ano do TGR, que abarca “um conjunto de espetáculos orientado, em função da sua qualidade, para diferentes públicos”, disse hoje à tarde à agência Lusa José Russo.

“Esta programação conta com a participação de um grupo muito significativo de agentes culturais locais”, nomeadamente de companhias, associações, artistas, músicos de Évora, destacou o diretor do Cendrev, na ocasião.