Bloco de rocha instável motiva corte do trânsito entre a Figueirinha e Galapos

Encerramento total ao acesso e circulação irá manter-se até ao dia 28 de fevereiro. André Martins, presidente da câmara de Setúbal, apelou a que os sinais de perigo e avisos da proteção civil sejam respeitados e que não se circule naquela zona.

A instabilidade de um bloco de rocha de grandes dimensões está a motivar o corte do trânsito a viaturas e peões entre as praias da Figueirinha e de Galapos, preocupando as autoridades locais.

André Martins, presidente da câmara de Setúbal, visitou o local ao início desta tarde, justificando o “encerramento total ao acesso e a circulação de veículos e de pessoas” no troço da Rua Círio da Arrábida localizado entre as praias da Figueirinha e de Galapos, por existir “um risco muito elevado”.

De acordo com a nota enviada à nossa redação, o autarca apelou ainda “a toda a população no sentido de não frequentar toda a zona que está delimitada pelos sinais de perigo” na Serra da Arrábida.

Perante o risco decorrente da circulação de viaturas e pessoas, e no âmbito da ativação do Plano de Emergência de Proteção Civil, em situação de alerta, a câmara de Setúbal determinou o encerramento daquele troço até ao dia 28 de fevereiro.

“Estão a decorrer estudos com vista a avaliar com maior rigor a situação do risco e por isso determinámos o encerramento desta via até ao próximo dia 28 de fevereiro. É o prazo que entendemos necessário para concluir os estudos, fazer as avaliações e decidir que medidas tomar no sentido de controlar a situação e também o risco e o perigo iminente que é considerado neste momento”, explicou o autarca.

O acesso do lado de Setúbal só é possível até à Praia da Figueirinha, devendo, em caso de necessidade de prosseguir, efetuar-se o restante percurso pela estrada superior da Serra da Arrábida, reentrando depois via Portinho da Arrábida, Praia do Creiro ou Praia de Galapos.

Em sentido contrário, a Rua do Círio da Arrábida está encerrada a partir da Praia de Galapos. A alternativa a quem pretenda prosseguir é usar igualmente a estrada superior da serra e reentrar depois na direção do Outão, da Figueirinha ou de Setúbal.

Veja a seguinte figura, disponibilizada pela câmara:

Face ao risco que a situação apresenta, a câmara revela que “encontra-se já a ser desenvolvido um Estudo Geológico e Geotécnico que servirá de suporte ao Projeto de Execução para a obra e que permitirá minimizar significativamente o risco associado àquela arriba”.

Até 28 fevereiro, é esperado que se concluam os Estudos Geológicos e Geotécnicos e tomar medidas de contenção e eliminação do risco. Explica a autarquia que estas medidas vão consistir “no desmonte da rocha e recuperação da arriba, com posterior reposição dos sistemas de proteção e contenção”.