Sadinos tiveram nas mãos a permanência na Liga 3, mas um golo de André Salvador, para o FC Oliveira do Hospital, ao minuto 89, confirmou a temida despromoção ao quarto escalão do futebol português.
O Vitória FC entrava este sábado no relvado do Bonfim a depender de si próprio para garantir a manutenção na Liga 3, depois de heroicamente, com 10, ter batido a meio da semana o Real SC.
Para garantir a tão almejada manutenção sabia que precisava de vencer por dois golos de diferença o FC Oliveira do Hospital, numa autêntica final no Bonfim. Também poderia beneficiar de um resultado favorável do jogo entre Sporting CP e Real SC, que jogavam na mesma hora, mas depender de si próprio davam outro conforto e motivação aos sadinos.
Os vitorianos não podiam ter tido melhor entrada. Depois de ameaçarem a baliza do emblema visitado, Filipe Oliveira abriu o marcador, ao minuto 16, levando à loucura os quase 13 mil adeptos que estavam no Bonfim. Ao intervalo as contas eram positivas, já que com o triunfo do Real SC em Alcochete o Vitória garantia a manutenção na Liga 3.
No início da segunda parte outro passo importante para os sadinos. Zequinha de cabeça, ao minuto 56, fazia o 2-0 e o Vitória deixava de depender do resultado do Sporting B x Real SC e podia focar-se apenas no que tinha de fazer no Bonfim. Até porque os leões acabaram mesmo por dar a volta em Alcochete.
Só que a equipa sadina desligou-se do jogo e procurou apenas segurar a vantagem, não conseguindo sair para o ataque, segurar a bola e suster a pressão do adversário, que se ia intensificando com o aproximar do fim da partida, já que com esta conjugação de resultados era o FC Oliveira do Hospital quem descia de divisão.
“Tantas vezes o cântaro vai à fonte, que acaba por lá ficar”, já dizia o povo. E foi isso que aconteceu. André Salvador, solto de marcação, aproveitou a ressaca de um cruzamento, e atirou de forma certeira para a baliza de Mika, gelando o Bonfim.
O Vitória FC já não foi a tempo de esboçar uma reação e estava consumada a sua despromoção ao Campeonato de Portugal, o quarto escalão do futebol português, três anos depois de ter descido administrativamente da Primeira Liga.
No fim, os jogadores sadinos estavam visivelmente abatidos com o desfecho do resultado, tristeza e lágrimas que se alastraram às bancadas que alimentavam o sonho da manutenção na Liga 3.
