Luís Monteiro, treinador dos sadinos, conversou com o Semmais sobre o defeso e lançou o arranque da época.
A equipa de andebol do Vitória FC começa oficialmente a temporada 23/24 este domingo, recebendo, no Pavilhão Antoine Velge, o Marítimo, em jogo a contar para o Campeonato Nacional de Andebol.
Sob o comando de Luís Monteiro, depois de já ter obtido um 7º e um 9º lugar, respetivamente nas últimas duas temporadas, os objetivos e expectativas sadinas mantém-se. “Quando cheguei aquilo que definimos foi estabilizar o Vitória FC na Primeira Divisão e é isso que mantemos. A manutenção continua a ser o nosso objetivo”, aponta o técnico, em conversa com o nosso jornal.
Os sadinos acompanharam com atenção as mudanças na competição, que passou de 14 para 12 equipas, jogando-se em duas fases, havendo um grupo de campeão, com os quatro primeiros classificados, e outro que irá definir os lugares europeus e a fase de manutenção/despromoção. “Queremos acabar nos oito primeiros lugares. Temos de lutar para evitar a todo o custo aquele grupo de despromoção e garantir a manutenção o mais tranquilamente possível e sem chegar aquela fase em que o risco da descida é maior”, explica Luís Monteiro.
O defeso, como nos revela o técnico, não foi propriamente fácil para a equipa sadina. “Têm sido semanas um pouco complexas. Apesar de termos mantido 11 jogadores, saíram sete, alguns deles titulares”, refere Luís Monteiro, revelando que a secção sofreu um decréscimo orçamental, que chegou “aos 30%”, obrigando a algum jogo de cintura sadino no mercado de transferências.
Entre aqueles que deixaram Setúbal, destaque para as saídas de António Machado, Nilton Melo, José Rebelo e Rafael Paulo. Em sentido inverso, chegaram aos sadinos, jovens promissores como Rúben Calunga (pivô), Diogo Campos (central) e Gonçalo Morgado (guarda-redes). “São jogadores jovens, que vêm sempre muito motivados para jogar e para aprender e que nos podem dar alguma profundidade no jogo e alguma qualidade no processo de treino também”, sublinha Luís Monteiro.
Aproveitando a conversa com o nosso jornal, o treinador sadino confirmou que o plantel não está fechado ainda. “Temos já um nome certo, temos tudo já definido com o jogador. É um atleta experiente, para a posição de lateral esquerdo, e consideramos que vai entrar de caras na nossa equipa. Como é estrangeiro, as burocracias acabam por tomar mais tempo”, revela Luís Monteiro.
Na preparação para esta temporada, destaque para o jogo de apresentação frente o SL Benfica, com o Troféu Manuel Manita em disputa, com os encarnados a baterem os sadinos por 24-34. “Foi um jogo muito competitivo. As lacunas da nossa equipa estão bem identificadas nesta altura e o jogo contra o Benfica mostrou um pouco disso também. Mostramos as duas faces que tem a nossa equipa. Ao intervalo estávamos empatados 12-12, conseguimos aguentar meia-hora do jogo sem mexer muito na equipa, com ritmo interessante. Depois na segunda parte, quando os jogadores perdem a energia e com uma outra substituição acabamos por perder um pouco da nossa competitividade. Enquanto tivemos pernas, conseguimos bater de igual com o Benfica. O que é um bom indicador”; analisa o treinador.
A ligação entre o andebol do Vitória e os seus associados e adeptos é muito especial, com o Pavilhão Antoine Velge a apresentar sempre grandes molduras humanas, como se viu na apresentação frente ao SL Benfica. O técnico vitoriano, um homem da casa, tendo representado o Vitória também como jogador, sabe bem da importância dos jogos em casa. “O fator casa tem um peso muito grande. Não é por acaso que o ano passado, na parte final do campeonato, fizemos sete jogos em casa e ganhamos seis, perdendo apenas o Benfica por dois golos. Dá-nos uma grande motivação jogar em casa”, destaca Luís Monteiro.
NOTA: O jogo entre Vitória FC e Marítimo, que devia ter acontecido no domingo, dia 10, acabou por ser adiado, devido a problemas na deslocação dos insulares ao continente.