Atual comissão administrativa quer melhorar as acessibilidades, através da criação de uma rampa. Simultaneamente angaria fundos para pagar a nova ambulância.
Há dois objetivos que a comissão administrativa da Delegação de Setúbal da Cruz Vermelha Portuguesa – entre os vários que pretende concretizar – tem procurado atingir com brevidade: melhorar as acessibilidades, com a criação de uma rampa numa das entradas da sede, no Largo da Misericórdia, e conseguir o valor necessário para custear a nova ambulância.
Com o apoio clínico mais antigo da cidade em funcionamento no centro histórico, onde existe o posto de enfermagem, Paulo Reis, presidente da comissão administrativa, explica ao Semmais que estão “a tentar dinamizar as valências (da Cruz Vermelha), mas têm de haver acessibilidades”.
“Estamos à espera que haja autorização para fazer uma rampa”, refere. Em simultâneo, a delegação de Setúbal, que tem procurado apostar em novas condições para prestar melhores serviços aos utentes, enquanto tenta lutar contra os aumentos de preços, mantém ativa uma angariação de fundos para cobrir o valor associado à aquisição de uma ambulância de emergência pré-hospitalar, que custou aproximadamente 65 mil euros.
O veículo, que foi “encomendado o ano passado”, foi entregue em agosto último e já se encontra ao serviço da população. “Em 2021, no ano anterior a entrarmos (comissão administrativa) compraram uma ambulância, que teve um acidente e foi para a sucata. Em boa hora, no dia 5 de setembro de 2022, resolvemos começar a bater às portas. Felizmente estamos a chegar ao ponto final, que é ter o dinheiro todo alocado”, afirma Paulo Reis.
Tal objetivo está perto de ser atingido com “o apoio de juntas de freguesia e do tecido empresarial da região”. Além da viatura, “há alguns equipamentos para a ambulância que têm de ser comprados”, diz Carlos Cardoso, tesoureiro da comissão administrativa.
A câmara de Setúbal “foi a última instituição” a contribuir para a aquisição da ambulância, no seguimento de “reuniões periódicas”, ao aprovar na última reunião do executivo a atribuição de um apoio financeiro de dez mil euros.
Despesas de manutenção são as mais altas
Atualmente com três ambulâncias tipo B, ou seja, “concebidas para o transporte e prestação de cuidados de emergência médica a doentes urgentes e emergentes”, e outras viaturas, é com a sua manutenção que a delegação de Setúbal tem uma das maiores despesas.
“A nível dos custos, os fixos são a parte mais alta que a Cruz Vermelha tem, mas nos variáveis, uma das componentes que está a elevar as despesas é a manutenção das viaturas”, alerta Carlos Cardoso. Segundo o tesoureiro, “os carros andam todos os dias”.
“Felizmente temos as contas completamente em dia, mas todos os meses, cada vez mais com esta crise que está implementada, principalmente com o aumento do combustível, é difícil”, revela. Além disso, Paulo Reis acrescenta que umas das três ambulâncias está “alocada só a eventos”, devido à idade avançada.
“A ambulância mais antiga é de 2009. A outra, que esteve avariada, tem cinco anos e agora temos esta. O parque automóvel é todo muito antigo. Em média temos viaturas com mais de dez anos”, sublinha.