Setúbal volta a ser capital da música ibero-americana

Convento de Jesus e Fórum Municipal Luísa Todi acolhem grande parte das atividades de um certame que pretende envolver toda a cidade.

Setúbal será entre os dias 18 e 21, palco da EXIB Música – Expo Iberoamericana de Música, um certame que volta a contar com uma programação eclética, com vários tipos de sonoridades e diferentes artistas de vários pontos do globo, como Portugal, Espanha e países da América Latina, num cartaz com duas dezenas de concertos.

“Essa é uma das nossas preocupações desde o início do projeto, em 2014, que este seja um espaço das sonoridades e das identidades culturais ibero-americanas. Todos os anos, em fevereiro, abrimos uma curadoria para que a partir dos projetos que concorrem possamos fazer a curadoria para cada edição. Este ano recebemos mais de 500. O que é que procuramos? Procuramos que estejam representados o máximo de países possível, várias sonoridades e que existam propostas de qualidade”, sublinha Adriana Pedret, diretora geral do EXIB Music, ao Semmais.

Nesse sentido, esta edição conta com nomes como Eva y Nadia, Garupá, Ariel Brínguez Quintet, María Cristina Plata, Magalí Saré e Manel Fortía, Mirla Riomar, Laura Itandehui, A Cantadeira, Lia Sampai, Copla Alta Dúo, Juliette Robles, Marco Oliveira, Márcio Faraco, Ana Crismán, Ilyari, Diego El Gavi, Sara Vidal e Ensamble B11.

Espaço ainda para o congresso “Cidade, Música E Criação. Cidades Criativas: Presente e Futuro”, que, a realizar-se no Mercado do Livramento, irá abordar os desafios que se colocam às cidades na promoção da criação artística e da difusão cultural. Referência ainda para outras atividades como “A História Por Trás Das Canções”, um momento de partilha que reunirá 10 artistas em conversa no Claustro do Convento de Jesus.

A câmara de Setúbal não é alheia a este evento, tornando-se, desde 2019, parceira. Para esta edição, por exemplo, para além dos apoios à produção, alocou um financiamento no valor de 30 mil euros.

“Este é um certame que reflete os valores com os quais nos identificamos. É um espaço de valorização da música como património da humanidade, mas também um momento importante de troca de identidades, um espaço de idiomas e cultura. É um evento que agarra a cidade e cabe, também, à autarquia apoiar e valorizar estes projetos emergentes e com grande impacto cultural”, destaca ao Semmais Pedro Pina, vereador da câmara de Setúbal com o pelouro da Cultura.

Até agora, o balanço da organização é positivo e são vários os elogios feitos à cidade sadina. “Setúbal dá-nos muitas coisas boas. Estamos a falar de uma cidade que tem uma grande beleza, proximidade com o mar e um património natural e histórico reconhecido. Pelas suas características, permite-nos também fazer uma Expo muito sustentável, com pouquíssimo impacto ambiental, porque está tudo muito próximo, podemos ir a pé às várias atividades”, aponta Adriana Pedret.