Seixal alarga recolha de biorresíduos à Quinta das Laranjeiras e Redondos

Estão abrangidas mais de mil moradias entre as duas localidades. Projeto da autarquia chega já a mais de 18 mil famílias.

Redondos e Quinta das Laranjeiras, na freguesia de Fernão Ferro, concelho do Seixal, integram desde dia 17, o sistema de contentores de biorresíduos do município, com distribuição e recolha semanal porta-a-porta.

“Nas moradias abrangidas pelo projeto é solicitado aos munícipes que depositem os biorresíduos, como restos de alimentos crus ou cozinhados, aparas de jardins de pequena dimensão e relva, guardanapos e toalhetes de papel, num contentor específico castanho, que é facultado pela câmara. Com a posterior recolha porta-a-porta e a efetiva separação na fonte de recicláveis, espera-se que nos contentores de indiferenciados sejam colocados só resíduos não orgânicos”, explicou ao Semmais o vereador da autarquia do Seixal, Bruno Santos.

De acordo com o autarca, a medida abrange “cerca de 1.100 moradias da Quinta das Laranjeiras” e “170 nos Redondos”, englobando, atualmente, “cerca de 18.500 famílias”. “O alargamento da recolha seletiva de biorresíduos a estas localidades, surge no âmbito da estratégia do município de implementar, de forma faseada, o sistema de recolha porta-a-porta em todas as zonas de moradias existentes na sua área geográfica, incluindo os fluxos de resíduos indiferenciados e de biorresíduos”, disse. “Com esta ação, cada cidadão contribui para evitar o desperdício de um resíduo valorizável, que desta forma, é transformado num produto com valor, o composto, que pode ser utilizado como fertilizante para melhorar a qualidade do solo em pomares e vinhas”, acrescentou.

Implementação do projeto no Seixal foi pioneiro no distrito

Refira-se que a recolha dos biorresíduos será obrigatória em Portugal Continental, já a partir de janeiro de 2024, pelo que os municípios, como é o caso do Seixal, têm se vindo implementar este tipo de ações. “Este projeto teve início em 2019, tornando o Seixal o primeiro município do distrito a implementar este tipo de recolha seletiva. Foi idealizado a partir do conceito de economia circular como um processo complexo, pensado de forma global e inteligente, por forma a fechar o círculo, que abrange a produção, a separação, a recolha, o tratamento e a valorização dos resíduos, com os menores custos ambientais e financeiros e a máxima valorização do resíduo como um recurso e produto para a cadeia económica”, revelou Bruno Santos.

O autarca disse ainda que o balanço é positivo, tendo a edilidade estimado que, desde o início do projeto, “foi possível recolher e transformar em composto cerca de 6.400 toneladas de biorresíduos”. Para 2024 está previsto o alargamento a Vila Alegre, Pinhal General, Quinta da Escola, Quinta das Flores e Foros da Catrapona, em Fernão Ferro, e ainda à Quinta da Aniza, em Corroios.