O distrito de Setúbal tem a honra de receber pela primeira vez na história do PSD um congresso deste partido.
É um gesto simbólico da direção e do líder do partido para com o nosso distrito, por força de uma aposta forte do partido no distrito, primeiro, nos seus líderes distritais e locais, dos sues autarcas mas, sobretudo, das suas gentes. Da boa gente de Setúbal.
Setúbal tem sido um distrito adiado. Um distrito marcadamente de esquerda, ideologicamente marcado por empresas como a Setenave, CUF, Lisnave ou mais tarde a Siderurgia Nacional.
As coisas têm mudado. Paulatinamente. Mas a mudança que se deseja tem de ser ainda mais à direita. Para o PSD.
Vejamos, quem construiu a Ponte Vasco da Gama? Um governo PSD.
Quem ousou colocar as seis vias na Ponte 25 de Abril? Um governo PSD.
Quem ousou colocar em funcionamento a opção do comboio na Ponte 25 de Abril? Um governo PSD.
Quem concessionou a Fertagus e deu essa opção a esta população? Um governo PSD.
Quem modernizou tantas e tantas empresas estatais que estavam em falência e atiravam para o desemprego a nossa população? Um governo PSD.
Quem trouxe a maior empresa e investimento estrangeiro (Autoeuropa) para o distrito? Um governo PSD.
Quem avançou com o Metro Sul do tejo? Um governo PSD.
E não continuo este exercício, porque já perceberam que só com o PSD o distrito andará para a frente, mas para isso precisaremos do seu voto nas próximas eleições e, também porque o director do jornal me limita os caracteres para este artigo, senão, nem parava.
Mas infelizmente o PSD tem estado arredado da governação do País e não governa nenhuma câmara no distrito e a prova do desinvestimento político em Setúbal está num Metro Sul do tejo, que nunca passou da sua primeira fase, num aeroporto anunciado e sucessivamente adiado, num hospital que tem o record nacional de lançamento das primeiras pedras, sendo tantas as primeiras pedras que já dava para construir um mural, mas também de uma nova ponte a atravessar o caótico Rio tejo ou de uma novo porto.
É um distrito que serve os interesses de terceiros (veja-se o caso da Central de dados de Sines, que esteve na origem da queda do governo) e pergunte-se quantos milhões foram deitados á rua pelo encerramento precoce da central a carvão de Sines. E mais, quantos milhares de postos de trabalho foram deitados à rua?
Pergunte-se onde está o projecto do TGV que um ministro que o mais que se identifica com o distrito é com a sua triste associação ao Freeport, de má memória (não o centro comercial, mas o processo rocambolesco da sua construção) que em determinadas escutas, de um tal ministro Galamba, referia que se tivessem dificuldades no licenciamento, usariam a “fórmula Freeport”.
Sim, no resto somos um deserto, como o outro nos chamou. No desporto atualmente não temos um único clube na primeira divisão de futebol, nem temos espaços que sejam referencias culturais de que nos orgulhemos, e vivemos com o estigma que os Lisboetas colocam aos “da Margem sul”, sendo que para todos nós é antes um orgulho, porque somos gente de trabalho, maioritariamente honestos e vivemos à revelia dos grandes apoios e dos grandes investimentos.
Por tudo isso, temos de saudar esta iniciativa do partido e do seu presidente, Dr. Luís Montenegro, ao trazer o centro da política nacional para o distrito, ao apostar, sem medos na nossa gente, ao dizer à nossa população, sem medos ou temores, para votarem na nossa gente, porque gente competente e honesta, levará o distrito para a frente e, com um distrito de Setúbal forte, o País será seguramente mais forte.