Pinhal Novo acolhe encontro da AMRS sobre a escola pública

Auditório Municipal Rui Guerreiro acolhe, até ao final desta tarde, sessões que promovem o debate e a partilha de experiências sobre o momento e o futuro da escola pública na região.

A Associação de Municípios da Região de Setúbal promove no dia de hoje o encontro “Escola Pública: Lugar Comum”, no Auditório Municipal Rui Guerreiro, no Pinhal Novo, no concelho de Palmela.

“Este encontro é muito importante para que consigamos valorizar o direito à educação como condição essencial de desenvolvimento pessoal e também de toda a nossa região. É importante, também, afirmar que a escola pública tem um papel importantíssimo no combate às assimetrias sociais e económicas”, sublinhou Sofia Martins, secretária-geral da AMRS, na abertura do encontro esta manhã.

A sessão de abertura serviu também para André Martins, presidente do conselho diretivo da AMRS e presidente da câmara de Setúbal, e Álvaro Amaro, presidente da câmara de Palmela, pontuarem a importância e o momento atual da rede pública de ensino, tecendo, nomeadamente, algumas críticas.

“Iniciamos o presente ano letivo com muitos e velhos problemas. Existem três problemas que gostaria de destacar, o subfinanciamento crónico da escola pública, o processo de transferência de competências dos municípios e a falta de professores. Os alunos iniciaram este ano letivo sem muitos dos seus professores colocados e são ainda muitos sem professores”, sublinhou o edil setubalense.

O autarca apontou ainda a “desorganização do 1º ciclo do ensino básico, a manutenção das AECS e o processo de transferência de competências para as autarquias e a insistência da devolução dos manuais do 1º ciclo”, como outros problemas importantes e que se estão a “agudizar”.

Acompanhando as preocupações demonstradas por André Martins, Álvaro Amaro sublinhou que “muito tem se conseguido desde o 25 de abril”, mas que “há ainda muito abril por cumprir”.

O edil palmelense destacou ainda a importância do investimento na rede escolar pública no seu concelho, que tem tido crescimento constante a nível demográfico. “Palmela tem crescido a nível de população, com a particularidade de acolher muitos jovens e crianças. Só neste ano tivemos de abrir mais 29 novas turmas. Estamos todos conscientes do que este desafio representa para a educação”, apontou.

Nesse sentido, o autarca revelou que a câmara de Palmela tem olhado para a educação como uma prioridade, levando a medidas como: “o planeamento da rede escolar; a revisão da carta educativa, prevendo-se reformas e ampliação de algumas escolas e outros centros escolares; a reorganização de uma rede de transportes complexa; e uma aposta decidida nos apoios sociais”.

Durante a manhã, houve ainda espaço para a conferência “Escola Pública – Lugar Comum”, moderada por Maria João Camolas, vereadora da câmara de palmela, com as oradoras Cristina Gomes da Silva, professora coordenadora da Escola Superior da Educação do Politécnico de Setúbal, para tratar do tema “Escola pública em democracia: bem comum, direito universal” e Arcângela Catela, Irene Pereira e Custódia Magalhães, Professoras da Escola Secundária de Palmela, sob o tema “Por uma escola sem muros”.

Para a tarde está agendado outro painel, no caso “Escola Para todos – Lugar para Ser”, com a moderação de João Pires, diretor da Escola Superior de Educação do Politécnico de Setúbal, com os oradores Ana Filipa Bento (câmara do Seixal), José Patrício (diretor do Agrupamento de Escolas Terras de Larus), Susana Pereira (câmara de Palmela), Célia Cópio (diretora do Agrupamento de Escolas Ordem de Sant’Iago – Setúbal), Carmen Sandu (câmara de Alcácer do Sal), Paula Antunes (câmara de Sesimbra) e Marília Sequeira (Agrupamento de Escolas de Sampaio).