Trabalhadores das autarquias de Almada manifestam-se esta quinta-feira

Os trabalhadores da câmara, juntas de freguesia e serviços municipalizados de Almada vão manifestar-se na quinta-feira num protesto que tem por base uma dezena de reivindicações, informou a União dos Sindicatos de Setúbal.

Os trabalhadores irão concentrar-se na Praça São João Batista e rumar aos Paços do Concelho de Almada, no distrito de Setúbal, “em protesto pela não resolução de questões que afetam todos os trabalhadores e em alguns casos os serviços”, disse à agência Lusa Luís Leitão, da União dos Sindicatos de Setúbal/CGTP-IN.

A aplicação da Opção Gestionária (através da qual os trabalhadores podem ver alterado o seu posicionamento remuneratório) é uma das 10 reivindicações apontadas pelo sindicato e que “afeta todos os trabalhadores destas autarquias, num total de cerca de 1.800, que não estão a ser devidamente valorizados”.

Entre as razões do protesto contam-se questões mais setoriais como o pagamento pelo nível mais elevado do Suplemento de Penosidade e Insalubridade e a suspensão do processo de transferência de competências para as juntas de freguesia, área em que o sindicato reclama “a abertura de um verdadeiro processo negocial, que tenha como ponto de partida o serviço público e os direitos dos trabalhadores que executam esses serviços”, explicou Luís Leitão.

Na lista das reivindicações, a União dos Sindicatos inclui também a interrupção do processo de “degradação do serviço Público e da privatização setorial de serviços” e um efetivo reforço de pessoal nos setores que “trabalham no limite”, o que se reflete “na prestação do serviço e na saúde dos trabalhadores”, pode ler-se num comunicado enviado às redações.

Além das questões laborais, exigem a reposição e alargamento da creche e jardim de infância aos filhos dos trabalhadores das autarquias de Almada; a reposição de valências e a reunificação do Serviço de Saúde Ocupacional da Câmara e Serviços Municipalizados de Almada, reivindicado “o acesso a serviços de saúde ocupacional dignos para todos os trabalhadores das autarquias” do concelho.

Os trabalhadores querem ainda ver reposta “a universalidade de acesso aos refeitórios a baixo custo, a gratuitidade da sopa e o alargamento desse acesso a todos os trabalhadores das autarquias”, já que, explicou Luis Leitão, “esta medida não abrange os trabalhadores das juntas e de algumas oficinas”.

A manifestação visa ainda lutar por condições de trabalho dignas e por investimento em todos os setores, bem como pela igualdade no exercício do direito a quatro horas de tolerância mensal.

A expectativa do sindicalista é que “mais de duas centenas de pessoas adiram ao protesto”, alguns exercendo o seu direito de greve e, no caso do trabalhadores por turnos, podendo alguns estar fora do seu horário de trabalho.

A concentração está marcada para as 09:30, na Praça São João Batista e a manifestação contará com a participação da secretária geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha.